A partir do momento em que somos fecundados, iniciamos um processo de desenvolvimento, com mudanças constantes que acontecem por toda a vida. Nossa meta é criar situações que facilitem todo esse processo de desenvolvimento, sempre visando melhoras em nossas capacidades físicas. Nossa alimentação, o estilo de vida sedentário ou não, nosso trabalho, a quantidade de horas que dormimos, enfim, tudo isso leva nosso corpo a adaptações. Esses ajustamentos podem também trazer malefícios, que podem ser evitados com um estilo de vida mais saudável e ativo.
A coordenação motora faz parte de todos os movimentos que realizamos por toda a vida. Cada vez que realizamos e melhoramos a execução de determinada tarefa ou movimento, melhoramos a coordenação motora. Existe um conjunto de informações armazenadas pelo cérebro, que são mandadas ao nosso corpo. A capacidade que o corpo possui de desenvolver esse movimento nós chamamos de coordenação motora. Atividades como correr, pular, andar, abaixar, levantar ou realizar movimentos que exijam maior habilidade faz parte do repertório motor. A velocidade e a agilidade que cada um responde a determinadas tarefas demonstram o nível de capacidade motora. As consequências de quem não desenvolve a coordenação motora são principalmente a noção espacial prejudicada, lateralidade precária e o tempo de reação defasado.
Na última década, as crianças enfrentam alguns "inimigos" do desenvolvimento motor. Principalmente nas grandes cidades, o desenvolvimento urbano tem modificado e muito a vida da crianças. Até a década de 90, era muito comum ver crianças brincando nas ruas. Futebol, esconde-esconde, pega-pega, subir em árvores, pular corda, eram algumas das atividades praticadas por grandes grupos de crianças. Com o desenvolvimento da cidade, o aumento de veículos circulando, aumento da criminalidade, evolução tecnológica e econômica (facilidade para adquirir produtos tecnológicos como video-games e computadores), as crianças passaram a brincar menos e com isso se desenvolver menos também.
Com o passar dos anos, a diminuição das capacidades fisicas é evidente e durante esse processo temos a diminuição da capacidade funcional. A capacidade funcional no processo de envelhecimento é um dos principais fatores de dependência, devido suas alterações no decorrer da vida. No envelhecimento, alterações da composição corporal são frequentes e inevitáveis, sendo a perda de massa óssea e muscular as principais a serem alteradas durante o processo. Os idosos ficam mais vulneráveis a osteopenia e osteoporose e com isso a coordenação motora vai sofrendo perdas significativas. Se durante a infância o desenvolvimento motor obteve um nível excelente, nossa meta, com o passar dos anos, é apenas estimular novas tarefas que exijam que o corpo "relembrem" algumas situações. Mas o maior problema é a situação que vivemos hoje. Com a prática de atividades fisicas cada vez menor para as crianças, o desenvolvimento motor fica cada vez pior e durante o processo de envelhecimento perdemos grande parte das capacidades físicas. As crianças de hoje, quando envelhecerem, serão idosos com uma coordenação motora precária.
A coordenação motora deve estar entre os principais fatores a serem trabalhados num programa de atividade física dirigido para o idoso. Como as funções sensoriais são as mais afetadas pelo processo do envelhecimento, é preciso estipular um programa de exercícios que criem situações de desenvolvimento motor para tarefas diárias.
É muito importante que durante a infância os familiares incentivem a prática de atividades físicas nas crianças, de forma que eles brinquem muito e deixem de lado o sedentarismo. Quanto maior o desenvolvimento das crianças, maior a possibilidade de uma vida adulta saudável e um processo de envelhecimento facilitado. Com isso, a prática de atividades físicas regulares na velhice, ou melhor idade, irá promover os níveis de coordenação motora os mais próximos possíveis da excelência.
Fica a dica: cuidar da saúde e um método de vida que devemos ensinar para nossos filhos hoje, para que eles possam ensinar nossos netos no futuro. Uma vida plena e saudável é o que esperamos para uma evolução de estilos de vida cada vez mais saudáveis.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
Objetivo principal do Blog é apresentar ideias e conceitos de Atividade Física, demonstrar e explicar a importância de cada elemento, em cada modalidade de uma maneira especifica. A ideia principal é construir o que poderíamos chamar de um padrão essencial para uma ótima pratica de exercícios.
sábado, 21 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Benefícios das atividades físicas para a vida profissional
Atualmente, quando falamos de atividade física, falamos de um assunto de saúde pública. Os benefícios que a prática da atividade física promovem a população são amplamente reconhecidos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física reduz o risco de morte prematura por diversas doenças, reduz a depressão e a ansiedade, ajuda a controlar o peso corporal, a manter a saúde e o bom funcionamento de nosso corpo, promovendo o bem-estar.
A falta de atividade física é o que chamamos de sedentarismo e vem aumentando em todo o mundo. No Brasil é um problema que vem assumindo grande importância e, segundo pesquisas, a população atual gasta bem menos calorias hoje do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afeta aproximadamente 70% da população brasileira. Isso é mais do que somar a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. Na grande maioria dos países em desenvolvimento, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico.
Um dos motivos mais utilizados como justificativa para a inatividade física é a falta de tempo, pois muitos adultos culpam a extensa rotina de trabalhos e tarefas como fator decisivo para não iniciarem um programa regular de atividades físicas. Este sedentarismo, combinado à rotina muito corrida, promove alguns problemas de saúde sendo a LER (lesão por esforço repetitivo), um dos mais comuns. A LER consiste em uma síndrome de dor nos membros superiores, com queixa de grande incapacidade funcional, causada primariamente pelo próprio uso dos membros superiores em tarefas que desenvolvem movimentos locais ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o de Síndrome da Dor Regional. O diagnóstico diferencial deve incluir as tendinites e tenossinovites primarias a outros fatos, como reumatismo, esclerose sistêmica, gota, infecção gonocócica, traumática, osteoartrite, diabetes, mixedema, etc, uma vez que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
Durante a jornada de trabalho, diversas situações que podem ter reflexos diretos ou indiretos em nossa vida, desde sua estrutura física corporal, quanto psicológica e social. Tais condições podem ser consideradas por atividades laborativas nas quais exijam uma prolongada posição corporal, seja na manutenção de postura inadequada, a pressão desencadeada pelo processo de trabalho, o uso de ferramentas inadequadas, pausas inadequadas e horas extras de trabalho. O estresse vem como uma resposta aos estímulos que perturbam e desorganizam o organismo. A fadiga mental pode apresentar diversas manifestações como:
• Perda de concentração mental;
• Fadiga fácil, fraqueza, mal-estar;
• Instabilidade emocional, descontrole, agressividade;
• Irritabilidade;
• Depressão;
• Palpitações;
• Dores musculares e de cabeça;
A prática regular de exercícios tem como meta equilibrar a funcionalidade do nosso corpo. Quando o analisamos mecanicamente, observamos que é necessário utilizá-lo constantemente e esse é o objetivo geral da prática de atividades físicas, que ainda traz outros benefícios a nossa vida profissional como, por exemplo:
• Aumenta a produtividade;
• Menor propensão às doenças;
• Combate o estresse e a indisposição;
• Melhora sua capacidade para esforços físicos;
• Melhora sua autoestima;
Fica a dica: Os exercícios promovem melhoras para nosso desempenho profissional. O estresse do dia-a-dia diminui e, com isso, aumenta nossa facilidade para realizarmos tarefas cotidianas de maneira muito mais eficaz e prazerosa. Saúde no trabalho é fundamental para uma vida mais tranquila. Saúde em primeiro lugar.
A falta de atividade física é o que chamamos de sedentarismo e vem aumentando em todo o mundo. No Brasil é um problema que vem assumindo grande importância e, segundo pesquisas, a população atual gasta bem menos calorias hoje do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afeta aproximadamente 70% da população brasileira. Isso é mais do que somar a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. Na grande maioria dos países em desenvolvimento, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico.
Um dos motivos mais utilizados como justificativa para a inatividade física é a falta de tempo, pois muitos adultos culpam a extensa rotina de trabalhos e tarefas como fator decisivo para não iniciarem um programa regular de atividades físicas. Este sedentarismo, combinado à rotina muito corrida, promove alguns problemas de saúde sendo a LER (lesão por esforço repetitivo), um dos mais comuns. A LER consiste em uma síndrome de dor nos membros superiores, com queixa de grande incapacidade funcional, causada primariamente pelo próprio uso dos membros superiores em tarefas que desenvolvem movimentos locais ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o de Síndrome da Dor Regional. O diagnóstico diferencial deve incluir as tendinites e tenossinovites primarias a outros fatos, como reumatismo, esclerose sistêmica, gota, infecção gonocócica, traumática, osteoartrite, diabetes, mixedema, etc, uma vez que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
Durante a jornada de trabalho, diversas situações que podem ter reflexos diretos ou indiretos em nossa vida, desde sua estrutura física corporal, quanto psicológica e social. Tais condições podem ser consideradas por atividades laborativas nas quais exijam uma prolongada posição corporal, seja na manutenção de postura inadequada, a pressão desencadeada pelo processo de trabalho, o uso de ferramentas inadequadas, pausas inadequadas e horas extras de trabalho. O estresse vem como uma resposta aos estímulos que perturbam e desorganizam o organismo. A fadiga mental pode apresentar diversas manifestações como:
• Perda de concentração mental;
• Fadiga fácil, fraqueza, mal-estar;
• Instabilidade emocional, descontrole, agressividade;
• Irritabilidade;
• Depressão;
• Palpitações;
• Dores musculares e de cabeça;
A prática regular de exercícios tem como meta equilibrar a funcionalidade do nosso corpo. Quando o analisamos mecanicamente, observamos que é necessário utilizá-lo constantemente e esse é o objetivo geral da prática de atividades físicas, que ainda traz outros benefícios a nossa vida profissional como, por exemplo:
• Aumenta a produtividade;
• Menor propensão às doenças;
• Combate o estresse e a indisposição;
• Melhora sua capacidade para esforços físicos;
• Melhora sua autoestima;
Fica a dica: Os exercícios promovem melhoras para nosso desempenho profissional. O estresse do dia-a-dia diminui e, com isso, aumenta nossa facilidade para realizarmos tarefas cotidianas de maneira muito mais eficaz e prazerosa. Saúde no trabalho é fundamental para uma vida mais tranquila. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado emEducação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa
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