sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Saúde em Primeiro lugar

Viver mais e viver melhor. Nesta frase encontramos o que todo ser humano procura, pois independente dos objetivos pessoais, viver mais tempo e de uma maneira mais saudável é o ponto principal para atingir vários objetivos.

Neste último tema do ano, não vamos buscar explicações ou deixar dicas sobre determinadas atividades. Vamos apenas relacionar as necessidades de respeitar nosso corpo através de tudo que realizamos em nossa vida.

Em nossos artigos, entendemos muito sobre vários tipos de problemas de saúde, conhecemos diversas modalidades e aprendemos que praticar uma atividade física prazerosa é o ponto inicial de uma qualidade de vida melhor. Toda atividade tem seus benefícios e não existe o melhor tipo de exercício, mas o que existe é sua dedicação e o desejo de uma vida mais saudável.

Praticar exercícios físicos não é e nunca será a salvação de todos os problemas, porém podemos dizer que o sedentarismo pode ser o início deles. Cuidar do nosso corpo é essencial para uma vida mais cheia de saúde e disposição.

Não são apenas os exercícios que são fundamentais para construir essa ideia de vida saudável e prolongada. É muito importante consultas periódicas em diversas partes da área da saúde. Isso não é procurar problemas onde não tem, isso se chama prevenção.

Cuidar da alimentação é um alicerce fundamental. Nosso corpo precisa de energia e uma boa alimentação é a base de tudo. Nada de exageros e muito menos de dietas milagrosas que debilitam o corpo por falta de energia. Tudo deve ser ponderado e se existir dúvida ou necessidade de orientação, a procura por um nutricionista é fundamental. Não acredite em milagres, o verdadeiro milagre é o equilíbrio de uma alimentação balanceada.

A televisão, as revistas, os jornais, a internet, todos esses meios de comunicação irão lhe vender tudo aquilo que pode atrapalhar esse equilíbrio necessário para uma vida mais saudável. Métodos e metodologias diferentes sempre irão surgir, além de inovações que prometam revolucionar e soluções simples para problemas dificílimos. Durante toda a vida, teremos esse tipo de propaganda, mas como já citei nesse texto, não existem milagres.

Toda e qualquer atividade física praticada com dedicação e que respeite os limites do praticante é absolutamente benéfica, procure uma atividade física que você goste e pratique seus minutos diários, respeite seu corpo, e principalmente, respeite sua periodização. Tenha uma qualidade de vida maior, respeitando acima de tudo seu corpo.

Fica a dica: Qualidade de vida. Esse é objetivo principal dessa coluna. Respeite seu corpo e respeite seus ideais de vida saudável, não cometa abusos e lembre-se de que para cada boa ação para o seu corpo, ele lhe recompensa com ótimos sinais de vitalidade. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na
academia Saúde Activa.

domingo, 7 de outubro de 2012

O excesso de calor e a prática de atividades físicas

As mudanças climáticas afetam e muito nosso organismo. Se contássemos a alguém de fora que chegou hoje à cidade que exatamente uma semana atrás estávamos usando blusa e calça para nos proteger do frio que chegou junto com o início da primavera, com toda certeza iria parecer um daqueles shows de comédia stand up. A previsão do tempo para os próximos dias é de uma temperatura alta, mas você sabe o que esse calor excessivo altera no nosso organismo? E para os praticantes e atividades físicas, o que isso influencia na pratica diária?

O funcionamento dos mecanismos do organismo que mantêm constante a temperatura de 37 graus do corpo podem causar algumas reações devido ao aumento excessivo do calor. Cãibras, exaustão, dermatites, mudanças nas funções orgânicas, febre alta, são algumas das alterações que nosso corpo pode sofrer pelo clima tão quente. Chamamos de termorregulação os mecanismos através dos quais o corpo se liberta do excesso de calor para manter um nível ótimo de temperatura interna.

Neste período do ano, temos a tendência de perder mais líquido que nos outros meses, e quando praticamos alguma atividade física a perda é ainda maior. Sendo assim é fundamental manter a hidratação durante a prática de nossas atividades.

Nosso corpo cria algumas saídas para diminuir a temperatura interna e o suor é uma dessas alternativas. Durante a transpiração, o hipotálamo, região do sistema nervoso, estimula as glândulas sudoríparas a retirar água e sais minerais do plasma sanguíneo para jogá-los na pele através dos poros. Ao entrar em contato com a pele quente, o suor se evapora, o que ajuda a dissipar o calor.

Outra maneira que nosso corpo encontra é a vasodilatação. Neste caso, encontramos sensores de temperatura por toda a pele e são eles quem avisam ao cérebro que o corpo está aquecido. Ao receber essa mensagem, o hipotálamo aumenta o fluxo sanguíneo nas regiões superficiais do corpo para que o sangue se resfrie e é por isso que o rosto fica avermelhado. Assim, o sangue circula pelo corpo, facilitando a diminuição da temperatura.

Durante os exercícios, a temperatura do corpo aumenta e juntando isso ao excesso de calor, teremos uma regulação ainda mais complexa para nosso corpo, já que durante os exercícios aumentamos a transpiração ainda mais. Isso exige ainda mais do sistema de refrigeração do nosso corpo. Com esse aumento na necessidade de regulação do nosso organismo, podemos sofrer alguns probleminhas que podem comprometer nossa saúde, como:

Exaustão térmica: é uma complicação da desidratação e do calor intenso, podendo causar o choque térmico. Os sintomas são: tonturas, temperatura corporal elevada, contraturas musculares na região lombar e nos braços, náusea e às vezes vômitos, dor de cabeça, fraqueza nas pernas, perda da coordenação motora, taquicardia e pele fria.

Desidratação: Beba líquido durante todo o dia, não só após a atividade física. Quanto mais amarelo escuro estiver à cor da sua urina, mais desidratado você está. Quanto mais clara a urina, melhor seu estado de hidratação.

Câimbras: devido à desidratação perdemos sais minerais pelo suor e o mecanismo de contração muscular fica prejudicado, podendo ocorrer câimbras. Quando as câimbras ocorrem, pare a atividade e se reidrate imediatamente, preferentemente com isotônicos.

Choque Térmico: Os sintomas são parecidos com o da exaustão térmica, só que rapidamente progridem para desorientação, fraqueza nas pernas e incapacidade de manter-se em pé, pele quente e seca, perda de consciência, convulsão e até morte.

Fica a dica: Para uma prática de atividades físicas ainda mais saudáveis, é necessária uma orientação ainda mais completa e incluir uma dieta especial com um nutricionista, que seja rica em líquidos, durante esse período mais quente do ano. Realizar uma hidratação eficaz e procurar locais e horários mais apropriados para a prática de exercícios é fundamental para colher melhores resultados. Cuide de sua saúde e aproveite ainda mais o verão. Saúde em primeiro lugar.


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 29 de setembro de 2012

Atividade física, uma ferramenta fundamental para dormir bem

Dormir bem é fundamental para a qualidade de vida. Atualmente, as pessoas dormem cada vez menos, isso porque vivemos em uma sociedade que vive em alerta 24 horas por dia. Vivemos em uma rotina acelerada, mas o fato de acordar cheio de compromissos e estendê-los por toda a noite cria sensações de obrigações e diminui a capacidade de relaxamento do nosso cérebro.
 
Isso nos faz depender de poucas horas de sono por dia para descansar. Na verdade, uma rotina estressante influencia diretamente em ter ou não ótimas noites de sono.
 
As desculpas para dormir pouco são extensas, mas você já parou para pensar na importância que um bom sono tem no seu dia-a-dia?
 
Estudos mostram que estresse, ansiedade, mau humor, obesidade e envelhecimento acelerado são algumas das consequências da falta de um sono reparador. Dormir mal por três noites é o suficiente para deflagrar sinais de alterações hormonais e a privação deste pode afetar a regeneração das células do corpo e consequentemente a imunidade fica declinada. Podemos dividir o sono em dois estágios: o sono REM e o sono NREM.
 
O sono REM é quando você sonha. É caracterizado por um alto nível de atividade. O batimento cardíaco, a pressão sanguínea e a respiração são semelhantes ao que você experimenta quando não está dormindo. Além disso, acredita-se que as lembranças são consolidadas durante este estágio do sono.
 
Nos estágios mais profundos do sono não-REM, os batimentos cardíacos e a frequência respiratória diminuem e a pressão sanguínea se reduz. Esses estágios do sono são os que restauram a capacidade física do corpo.
 
A atividade pode ser uma arma importante contra os distúrbios do sono, já que o exercício promove a liberação de serotomina, que desempenha um papel importante no nosso sistema nervoso. Entre as suas funções está à regulação do sono, além do controle da temperatura corporal e do apetite. Por isso, às vezes, durante os exercícios, nós bocejamos. Com a liberação de serotonina nos sentimos mais relaxados.
 
A prática regular de exercícios promove regulações tanto na serotonina quanto na endorfina. Isso promove sensação de bem estar e relaxamento, além de melhorar estados de ansiedade e depressão. Os exercícios podem promover maiores facilidades de controlar os distúrbios do sono, facilitando assim uma rotina mais harmoniosa durante o dia.
 
Não crie justificativas infundadas para não praticar exercícios físicos. Normalmente, a falta de tempo é a desculpa é mais utilizada, mas respeitar uma agenda que lhe permita desfrutar dos hábitos diários de exercícios é fundamental para uma vida mais saudável.
 
Fica a dica: Exercícios físicos, uma alimentação completa e um sono com qualidade são três fatores que, juntos, promovem uma vida mais saudável. Não caia em uma rotina que não beneficie sua qualidade de vida, afinal de contas, o dia tem 24 horas e nesse tempo você deve se alimentar, trabalhar, se divertir e dormir bem. Acredite, com um bom planejamento, conseguimos arrumar 30 ou 40 minutos diários de exercícios, tempo necessário para uma qualidade de vida muito maior. Saúde em primeiro lugar.

 
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

domingo, 23 de setembro de 2012

Os mitos da musculação para as mulheres

Toda vez que uma mulher inicia a prática de musculação, o professor(a) de educação física que vai orientá-la deve se preparar para um grande questionamento, já que aos olhos da grande maioria das mulheres, a musculação seja, talvez, a maior inimiga de um corpo belo, magro e feminino.

A musculação vem se tornando uma das atividades físicas mais praticadas por todo o mundo. E cada vez mais aumenta a procura de mulheres para realizarem essa modalidade. A princípio, esse dado é fenomenal, já que a musculação traz ótimos benefícios, especialmente às mulheres, porém, na verdade, com o aumento dessa procura, cada vez mais os mitos sobre a prática de musculação e o corpo feminino ganham mais força. E a missão do artigo de hoje é exatamente esclarecer e desvendar esses mistérios.

Alguns desses mitos transformaram modelos de treinamentos, criando sugestões de treinos e definindo-as como modelos mais eficazes para as mulheres. É o caso do nosso primeiro mito:

• As mulheres só precisam fazer treinos aeróbios e um treino leve de musculação

Normalmente esse modelo ‘perfeito’ de treinamento é incorporado por que a maioria das mulheres pretendem perder alguns quilinhos, mas essa relação não é tão simples assim. No exercício aeróbio, o gasto calórico é um pouco mais elevado, porém deve se manter níveis de intensidade altíssimos durante um volume (tempo) elevado para conseguir aumentar o gasto calórico acintosamente. É muito importante relacionar o processo de emagrecimento, principalmente com a alimentação, já que a relação ‘calorias consumidas x gasto energético’ é o principal fundamento para o emagrecimento.

Contra essa teoria temos alguns fatores que levam uma prática de exercícios resistidos com mais intensidade como fator fundamental no treino feminino. Toda mulher sonha com um corpo malhado e mais durinho e, para responder melhor ao estímulo do treinamento o corpo necessita de uma sobrecarga maior. Desse modo, treinar com baixas cargas na musculação e enfatizar os treinamentos aeróbios não auxiliam muito esse processo. É preciso treinar na musculação com mais intensidade e freqüência, sem medo de aumentar alguns pesos nos exercícios. Além disso, o ganho de massa magra pode ser essencial para a perda de gorduras localizadas, já que o músculo também se utiliza da gordura como fonte energética, portanto o aumento da massa magra facilita um pouco o processo de queima de gordura localizada.

Após o esclarecimento desse mito, poderíamos acreditar que os problemas com a musculação seriam deixados de lado, mas assim como a explicação acima desvenda mistérios, ela também cria monstros. No caso do próximo mito, cria o maior monstro de todos para a maioria das mulheres, que é o ganho de músculos, confira o mito a seguir:

• Treinar musculação fará você ficar grande e musculosa

Um dos principais hormônios responsáveis em aumentar o volume muscular é a testosterona, hormônio esse que a mulher produz numa quantidade muito menor que os homens. Em indivíduos adultos, o homem produz cerca de 20 a 30 vezes mais testosterona que a mulher. Esse mito deve ter sido criado baseado na imagem das fisiculturistas profissionais. Entretanto, infelizmente, aquelas mulheres usam esteróides anabolizantes (testosterona sintética) junto com outras drogas e aliadas a um treinamento pesado para atingirem aquele nível.

Acredite, se ganhar massa magra fosse uma tarefa tão simples, não existiriam tantas lojas de suplementos alimentares, e homens e mulheres não perderiam tanto tempo e nem tanta energia treinando. Ganhar músculos é uma tarefa que exige muito empenho e uma alimentação regrada. Aliando esses dois fatores, os resultados serão bons e com toda certeza duas ou três séries com alguns quilinhos na musculação não irão transformar nenhuma mulher na próxima “Miss Universo”.

• Desde que você faça exercícios, você pode comer o que quiser.

O maior sonho de todo praticante de atividades físicas seria esse, porém é nosso metabolismo quem determina quantas calorias iremos queimar num exercício e no resto do dia. Se consumirmos mais calorias do que queimamos, iremos engordar. Outra coisa: um pouco de exercício não gasta tantas calorias como imaginamos. Então, qualquer escapada da dieta você irá acumular gordura. As calorias gastas com atividade física podem ser acrescentadas à sua alimentação, se não estiver em processo de emagrecimento.

Para facilitar o entendimento sobre calorias gasta e consumidas, correr é uma das atividades que mais gastam calorias, uma hora de corrida continua significa gastar mais ou menos umas quinhentas calorias, isto é, o equivalente a mais ou menos cem gramas de chocolate.

Esses três mitos atrapalham e muito o desenvolvimento da pratica de musculação para as mulheres, eles acabam interferindo direta e indiretamente nos resultado. Para uma maior comodidade e menos preocupação, confira três regras muito importantes para que os resultados sejam os melhores possíveis. São elas:

• Confie no seu professor de educação física.
• Realize seu treino com muito empenho.
• Respeite uma alimentação balanceada.

Essas três regras são fundamentais para resultados mais eficazes.

Fica a dica: Para uma prática de atividade física mais equilibrada é muito importante seguir as orientações de um professor qualificado, procurar um nutricionista para aderir a um planejamento ideal de alimentação, e qualquer problema procure um médico. Uma boa alimentação e prática regular de atividades físicas devem levar você a seus objetivos. Cuide da sua saúde. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 15 de setembro de 2012

O que são cãibras musculares? E como se preveni-las?

Muitas pessoas, durante a prática regular de atividades físicas, ou muitas vezes após os exercícios, se queixaram de cãibras. Mas o que acontece com o corpo para que aconteça isso? Falta de treinamento, excesso de treinamento, movimentos inadequados, alimentação antes, durante e depois do treino, ingestão de líquidos, enfim, muitos são os fatores que podem ser responsáveis por causa cãibras. Mas antes de iniciarmos o assunto de hoje, primeiramente devemos entender o que são e o que pode realmente causar as cãibras musculares.

As cãibras musculares são contrações intensas de um só músculo isolado ou de um grupo deles e que ocorrem sem serem solicitados, ou seja, são contrações involuntárias. Normalmente acontecem após exercícios físicos e podem desencadear outros tipos de lesões.

Exercícios exaustivos podem gerar cãibras. Isso por que o acúmulo de metabólicos ou substâncias que são liberadas durante o trabalho dos músculos, como o ácido lático e a amônia, também pode colaborar para o surgimento de cãibra. A deficiência de minerais é provocada pela elevada eliminação de água por meio do suor, que faz o corpo perder o cloreto, o sódio e também potássio.
Existem vários motivos que causam as cãibras, porém a perda de sódio e líquidos na musculatura costuma ser o fator essencial que predispõe esse incômodo. Por isso, um déficit desse elemento e de líquidos pode tornar os músculos sensíveis. Sob tais condições, uma leve tensão e um movimento subsequente podem fazer o músculo se contrair e se contorcer incontrolavelmente. Ao praticarmos atividades físicas intensas, colocamos os nossos músculos em um trabalho forte e progressivamente extenuante. Como consequência, problemas musculares como as cãibras podem surgir.
Para prevenirmos as cãibras, são necessários alguns ajustes na rotina, algumas recomendações que possam auxiliar muito o processo de treinamento, melhorando nosso rendimento na prática diária de exercícios e melhorando as adaptações fisiológicas do nosso corpo em resposta ao treinamento. Para auxiliar o processo de prevenção das cãibras é importante:
• Beber muito líquido para ficar hidratado durante o exercício;
• Repor níveis de sódio durante os intervalos de exercícios pesados e transpiração abundante com uma bebida esportiva como um isotônico;
• Assegurar uma recuperação nutricional adequada (particularmente para o sal) e descansar os músculos após um treino intenso.
Quando as cãibras aparecerem durante um exercício ou competição, siga as seguintes orientações:
• Alongamento - Como as cãibras são normalmente relacionadas à mudança na capacidade de peso, alongamento e exercícios sem peso são tratamentos efetivos.
• Massageie a área - Esfregar o músculo afetado pode ajudar a aliviar a dor e também auxilia no estímulo à corrente sanguínea e ao movimento de líquidos na área.
• Estimule a recuperação - Descansar e reidratar adequadamente o corpo irão rapidamente trazer melhora.
Fica a dica: É muito importante na prevenção de cãibras seguir adequadamente uma rotina, que inclui respeitar um treinamento adequado, aquecer progressivamente ao iniciar o exercício e alongar especialmente depois da atividade. A alimentação adequada previne as cãibras que acompanham a desidratação e os desequilíbrios dos sais minerais. Se as cãibras são recorrentes, apesar de adequadamente tratadas, um médico especialista em Medicina do Esporte deve ser procurado. Saúde em primeiro lugar.


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

domingo, 2 de setembro de 2012

Qual o seu tipo de pisada?

Quando iniciamos uma caminhada ou uma corrida, nunca paramos para analisar qual é nosso tipo de pisada, ou seja, de que maneira nossos pés tocam o solo. Isso porque nosso mecanismo para a corrida ou a caminhada se tornou um movimento automático e toda nossa estrutura física é alinhada para que possamos executá-lo sem maiores problemas.

Para uma simples caminhada, a pressão ou sobrecarga imposta é de apenas 1,5 vezes o nosso peso corporal, uma atividade de baixo impacto. Já na corrida, essa pressão aumenta de 3 a 5 vezes o peso corporal. Analisando cuidadosamente, não é uma sobrecarga absurda, porém já gera uma pressão significante, principalmente para nossos pés. Toda a pressão aplicada do chão contra os nossos pés são absorvidas pelas articulações do tornozelo, joelho, quadril e coluna. Isso se repete durante todo o processo de corrida ou caminhada. Todo esse esforço repetitivo pode gerar lesões ou dores pelo corpo. Com isso, é muito importante conhecer seu tipo de pisada, podendo assim prevenir o máximo possível futuras lesões ou acúmulos de dores remanescentes do gesto motor.

Todo esporte deve ser praticado com o equipamento adequado. Para a corrida e a caminhada o raciocínio deve ser o mesmo. Ou seja, neste caso o tênis, principal acessório aqui, deve ser escolhido de forma cautelosa. A eficiência do auxílio do tênis para a proteção de possíveis lesões é extremamente necessário para praticar com maior qualidade a corrida ou caminhada.

Entretanto, para se adquirir um tênis com qualidade e que encaixe nas suas necessidades, é necessário conhecer quais os tipos de pisada. Existem três tipos de pisada:

NEUTRA: onde se inicia com o solo do lado externo do calcanhar e então ocorre uma leve rotação para dentro, terminando a passada com a planta do pé. Corredores com pisada neutra podem ter o arco de pé normal, alto, médio ou até mesmo baixo. Sendo assim, eles podem usar uma variedade grande de tênis de corrida.

PRONADA: a pisada também começa com o lado externo do pé ou, algumas vezes, um pouco mais para a parte interna, para então ocorrer uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto do dedão. Uma quantidade moderada de pronação é necessária para que o pé funcione apropriadamente, no entanto, lesões podem acontecer com a pronação excessiva. Quando a pronação excessiva acontece, o arco do pé se achata, alongando músculos, tendões e ligamentos que ficam na parte inferior do pé.

SUPINADA: a pisada inicia com o calcanhar do lado externo e se mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho. Supinação é o oposto de pronação. Uma quantidade normal de supinação acontece quando, durante a pisada, o calcanhar deixa o solo e os dedos são usados para a propulsão do corpo. No entanto, a supinação excessiva põe uma carga grande nos músculos e tendões que estabilizam o tornozelo, o que pode fazer com que o tornozelo rotacione totalmente para fora, resultando em torção ou até mesmo na ruptura total dos ligamentos. Nesse caso o peso é aplicado na borda interior do pé durante a corrida.

Alem do tipo de pisada, os pés se dividem em tipos de arqueamento, que são:

Pé Plano: Possui uma curvatura muito pequena e deixa uma faixa quase completa entre o peito do pé e o calcanhar. Também pode ser chamado de pé chato.

Pé Cavo: Deixa uma marca com uma faixa estreita ligando o peito do pé e o calcanhar.

Pé Neutro: Deixa uma faixa normal ligando o peito do pé e o calcanhar, um pouco mais ampla do que o pé cavo, mas que ainda tem certa curvatura.

O tipo de pisada ou o tipo de arqueamento dos pés definem a mecânica da nossa estrutura durante o movimento. É muito importante ficar atento às suas necessidades, facilitando o processo para absorver o impacto e gerando o mínimo possível de lesão.

Fica a dica: Analisar o tipo de pisada é fundamental para melhorar o nível da qualidade da atividade física praticada. Médicos ortopedistas, fisioterapeutas e muitos educadores físicos realizam estudos severos nessa área. Procure conhecer e faça seu teste de pisada. Dessa maneira você estará cuidando da saúde dos pés e de todo seu corpo. Depois, faça uma ótima corrida ou caminhada. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

domingo, 26 de agosto de 2012

Pedalando do lazer para a saúde

Atualmente, o aumento de automóveis em geral (carros, motos e caminhões) nas grandes cidades é extremamente estressante. Chega a ser um absurdo os quilômetros e quilômetros de engarrafamentos que observamos pela televisão. Claro que isso é um problema grave nas maiores metrópoles. Porém, em cidades como a nossa, em determinados horários o acumulo de carros nos pontos de acessos se torna desconfortável e o pior é que até mesmo aos finais de semana essa situação é assim. Isso porque, hoje em dia, cada vez mais as pessoas utilizam seu veículo para as tarefas mais simples, mesmo para percorrer distâncias pequenas.

Com esse acúmulo de veículos, quem acabou ‘pagando’ por isso foram os ciclistas, que a cada dia sentem mais dificuldades e mais receio em enfrentar o trânsito. Com isso, diminui-se muito o número de praticantes desta modalidade, uma prática de atividade física que além de muito prazerosa é também muito eficiente.

Costumo dizer que andar de bicicleta "fortalece o corpo e a alma”. As pessoas que andam de bicicleta regularmente poupam muitas visitas ao médico. Muitas pessoas com problemas como dores de costas, excesso de peso ou doenças cardiovasculares poderiam desfrutar de muitos anos de boa saúde se usassem a bicicleta com mais frequência.

Pedalar é uma atividade que convida pessoas de faixas etárias diferentes e o condicionamento físico não é algo tão preocupante no começo. Basta que você inicie sua jornada com um trajeto curto e sem muitas ladeiras. Passe a pedalar com calma e aumente o tempo de exercícios aos poucos, para que você vá ganhando resistência, que fará com que o seu corpo não sinta demais os efeitos da atividade.
Esta prática traz inúmeros benefícios ao nosso corpo, como por exemplo o alívio do estresse e de tensões do cotidiano e o aumento da capacidade aeróbica. Com apenas 30 minutos de pedalada por dia, você auxilia na eliminação de gorduras localizadas, melhora o condicionamento físico e auxilia nos sistemas respiratório, cardíaco e vascular. Outros benefícios gerados por esta modalidade são a redução do colesterol e da pressão arterial, ajuda no controle do diabetes e da obesidade e o fortalecimento dos músculos dos membros inferiores.

Andar de bicicleta, sem sombra de dúvidas, é uma atividade muito prazerosa, porém antes de iniciar uma prática esportiva é sempre necessário uma avaliação médica, inclusive uma consulta com o cardiologista. Depois, para definir a intensidade e o volume da atividade é sempre necessário procurar um professor de educação física. Claro que isso é para aqueles que pretendem utilizar a bicicleta como prática diária de exercícios, ou seja, aqueles que tentarão melhorar suas valências físicas através da bicicleta.

Para aqueles que pretendem apenas passear e utilizar sua bike para algumas horas de lazer, uma consulta ao médico anualmente e a atenção aos cuidados necessários para essa prática já estão de bom tamanho. Pessoas de todas as idades podem andar de bicicleta, mas existem algumas restrições dependendo do caso, como por exemplo, as crianças e idosos, os quais podem praticar esse tipo de exercício, mas devem estar sempre acompanhados de um adulto.

Andar de bicicleta é atividade sensacional e, respeitando suas limitações, tanto crianças como adultos ou idosos podem praticar, sempre atentos à utilização dos equipamentos de segurança, como capacete, freios regulados, luzes de segurança (para atividades noturnas) e até mesmo retrovisores em alguns casos. Segurança é um fator fundamental.

Fica a dica: Não deixe seu espírito esportivo de lado. Ao invés de utilizar seu veículo para se locomover a locais próximos, utilize uma bicicleta. Além de uma atividade prazerosa e ótima para a saúde, você está ajudando um pouco mais o planeta. Incentive a atividade física e dê o exemplo às crianças. Andar de bicicleta cuida da sua saúde e da saúde do planeta. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Atividades físicas e alterações hormonais

A prática de atividades físicas promove melhorias através de diversos efeitos fisiológicos pelo nosso corpo. Durante e após os exercícios, as adaptações que surgem em nosso organismo facilitam o desempenho e o repouso. Essa é uma maneira do corpo suprir as próprias necessidades e se preparar para a próxima sessão de treinamento.

Podemos classificar essas adaptações em três níveis. No primeiro deles está as adaptações que ocorrem imediatamente após a sessão de treinamento, que é o efeito agudo imediato. A segunda adaptação é aquela que ocorre de 24 a 72 horas após a sessão de treinos, a qual chamamos de efeito agudo tardio. E por último, temos aquelas adaptações que ocorrem após a pratica frequente de atividades físicas e seu resultado aparece após uma frequência regular de treinamento, que é o efeito crônico.

As atividades físicas, quando praticadas regularmente, promovem alterações e adaptações significativas na secreção de alguns hormônios. Alguns dos hormônios que têm sua secreção alterada pelo exercício são o hormônio do crescimento, as catecolaminas, a insulina, o glucagon e a endorfina. Abaixo vamos conhecer um pouco de cada um.

Hormônio de Crescimento: Aumento na síntese protéica celular. Isso ocorre porque o hormônio do crescimento aumenta o transporte de aminoácidos através da membrana celular. Em consequência do aumento das proteínas e de um maior armazenamento de glicogênio no interior das células, estas aumentam em volume e em número. Portanto, observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e órgãos do nosso corpo.

Catecolaminas: Os níveis plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de maneira diferenciada durante o exercício. A atuação em conjunto destes dois hormônios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético é positivo no combate à obesidade.

Insulina e o glucagon: A diminuição dos níveis de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que em exercícios prolongados os resultados são melhores. Desta forma, o exercício torna-se importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon. Em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos. No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise (quebra de glicogênio para formar glicose) pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon.

Endorfina: Está relacionada à maior tolerância à dor, ao controle do apetite, à redução da ansiedade, da raiva e da tensão. No exercício aeróbico, a intensidade é o principal fator que estimula as elevações dos níveis plasmáticos. Já no exercício de resistência, sua liberação varia com o protocolo, sendo que maior duração e maiores intervalos de repouso entre as séries promovem melhores resultados.

Os exercícios promovem as alterações hormonais para que nosso corpo combata diversos tipos de problemas. Facilitando todos esses processos que acabamos de conhecer, é muito provável que ocorra uma diminuição considerável em variações com nosso estado hormonal e sua relação com a nossa saúde, e quando essas alterações já existem, a diminuição na utilização de fármacos é uma grande realidade para os praticantes de atividades físicas.

Fica a dica: Cuide da saúde com uma prática regular de exercícios. Além de combater diversos problemas hormonais, ele promove saúde, disposição e muito bem estar. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 18 de agosto de 2012

Atividades físicas e alterações hormonais

A prática de atividades físicas promove melhorias através de diversos efeitos fisiológicos pelo nosso corpo. Durante e após os exercícios, as adaptações que surgem em nosso organismo facilitam o desempenho e o repouso. Essa é uma maneira do corpo suprir as próprias necessidades e se preparar para a próxima sessão de treinamento. 

Podemos classificar essas adaptações em três níveis. No primeiro deles está as adaptações que ocorrem imediatamente após a sessão de treinamento, que é o efeito agudo imediato. A segunda adaptação é aquela que ocorre de 24 a 72 horas após a sessão de treinos, a qual chamamos de efeito agudo tardio. E por último, temos aquelas adaptações que ocorrem após a pratica frequente de atividades físicas e seu resultado aparece após uma frequência regular de treinamento, que é o efeito crônico. 

As atividades físicas, quando praticadas regularmente, promovem alterações e adaptações significativas na secreção de alguns hormônios. Alguns dos hormônios que têm sua secreção alterada pelo exercício são o hormônio do crescimento, as catecolaminas, a insulina, o glucagon e a endorfina. Abaixo vamos conhecer um pouco de cada um. 

Hormônio de Crescimento: Aumento na síntese protéica celular. Isso ocorre porque o hormônio do crescimento aumenta o transporte de aminoácidos através da membrana celular. Em consequência do aumento das proteínas e de um maior armazenamento de glicogênio no interior das células, estas aumentam em volume e em número. Portanto, observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e órgãos do nosso corpo. 

Catecolaminas: Os níveis plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de maneira diferenciada durante o exercício. A atuação em conjunto destes dois hormônios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético é positivo no combate à obesidade. 

Insulina e o glucagon: A diminuição dos níveis de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que em exercícios prolongados os resultados são melhores. Desta forma, o exercício torna-se importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon. Em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos. No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise (quebra de glicogênio para formar glicose) pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon. 

Endorfina: Está relacionada à maior tolerância à dor, ao controle do apetite, à redução da ansiedade, da raiva e da tensão. No exercício aeróbico, a intensidade é o principal fator que estimula as elevações dos níveis plasmáticos. Já no exercício de resistência, sua liberação varia com o protocolo, sendo que maior duração e maiores intervalos de repouso entre as séries promovem melhores resultados. 

Os exercícios promovem as alterações hormonais para que nosso corpo combata diversos tipos de problemas. Facilitando todos esses processos que acabamos de conhecer, é muito provável que ocorra uma diminuição considerável em variações com nosso estado hormonal e sua relação com a nossa saúde, e quando essas alterações já existem, a diminuição na utilização de fármacos é uma grande realidade para os praticantes de atividades físicas. 

Fica a dica: Cuide da saúde com uma prática regular de exercícios. Além de combater diversos problemas hormonais, ele promove saúde, disposição e muito bem estar. Saúde em primeiro lugar. 

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 11 de agosto de 2012

Michael Phelps: De atleta a mito!

O ano era 2000. Estávamos nos aproximando da mudança do século e muitas alterações eram prometidas para o futuro, mas foi em Sydney, na Austrália, durante os Jogos Olímpicos, que vimos surgir o grande nome do esporte mundial não só para o século XXI que se aproximava mas também o maior nome do esporte olímpico de todos os tempos. Surgia então o jovem nadador Michael Phelps.

Nos jogos de Sydney, o primeiro recorde de Phelps não foi tão badalado mundialmente, mas ele foi o americano mais jovem a competir nos Jogos Olímpicos. Aos 15 anos de idade ele se classificou para a prova de 200 metros nado borboleta, prova que ele fechou na quinta posição, tendo assim disputado a sua primeira final olímpica.

Aos olhos do mundo, a façanha do jovem nadador ainda não tinha sido tão importante, já que ele não venceu a etapa, porém, exatamente cinco meses após os jogos, em um campeonato mundial, o atleta de 15 anos e nove meses de idade tornou-se o nadador mais jovem da história a quebrar um recorde mundial. Ele venceu os 200 metros nado borboleta e superou o melhor tempo do mundo na prova.

A partir desse momento, Michael Phelps deixou de ser uma promessa e a cada dia se tornava um dos maiores ídolos da natação mundial. Com isso, cresciam também as expectativas sobre ele para os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. E Phelps chegou aos jogos em 2004 com um objetivo incrível, pois ele disputaria oito provas e tinha a oportunidade de superar o também nadador americano Mark Spitz, que em 1972 levou sete medalhas de ouro em uma edição de Jogos Olímpicos. Porém o objetivo do americano não se concretizou, mas foi por muito pouco, já que Michael Phelps levou seis ouros e mais duas medalhas de bronze, igualando apenas quatro ouros em provas individuais, marca que Spitz também havia conseguido. Além das medalhas, Phelps, que em 2004 tinha 19 anos, quebrou três recordes mundiais e mais dois recordes olímpicos.

O nadador americano não havia cumprido seu objetivo final e, embora tivesse conseguido muitas conquistas, Phelps sonhava em se tornar uma lenda. Assim, a preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 se iniciava com o sonho de superar Spitz em números de ouros em uma só edição dos Jogos.

Mais uma vez, Michael Phelps disputaria oito provas nos jogos, mas dessa vez com um final diferente. Ao final de sua participação, o nadador de 23 anos bateu o recorde de Mark Spitz. Em Pequim, Phelphs levou para casa oito medalhas de ouro, vencendo assim todas as provas que disputou, além de quebrar sete recordes mundiais e o recorde olímpico da oitava prova. Com esse feito extraordinário, ele somava na carreira a incrível marca de 14 medalhas de ouro e duas de bronze no seu currículo.

Aqueles que acreditavam que os objetivos de Phelps tinham acabado se enganaram, pois nos jogos de Londres, o atleta, agora com 27 anos, tinha mais um objetivo: se tornar o maior medalhista olímpico da história, já que a ginasta ucraniana Larissa Latynina conquistou, em três edições dos Jogos Olímpicos, 18 medalhas (sendo nove de ouro, cinco pratas e quatro bronzes). E foi exatamente o que aconteceu. Com quatro medalhas de ouro e duas medalhas de prata, Michael Phelps chegou a OLIMPO e passou então de atleta a MITO no mundo dos esportes.

Até o fim da edição desse texto, se Michael Phelps fosse um país na história dos Jogos Olímpicos Modernos, ele ocuparia o 39ª posição com 18 medalhas de ouro, duas medalhas de prata e duas medalhas de bronze, e ficaria à frente de vários países, inclusive na frente de Argentina e Portugal.
O esporte nos traz momentos espetaculares, recordes e façanhas admiráveis, mas poucas são as oportunidades de vermos homens e mulheres se transformarem em LENDAS. Michael Phelps se tornou o maior atleta olímpico da história, e lendas como essa temos poucas oportunidades de ver.

O rei Pelé, Michael Jordan, Larissa Latynina, entre outros, são alguns nomes que fizeram uma história maravilhosa, mas no ano de 2012 podemos acrescentar Michael Phelps à lista de mitos do esporte. E agora, quem será o próximo?


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 4 de agosto de 2012

China, potência olímpica e inspiração brasileira

O assunto da vez são os Jogos Olímpicos de Londres e quando analisamos a participação do Brasil, percebemos o quão distantes estamos de sermos chamados de um país olímpico. O Brasil tem nos jogos de Londres a chance de tornar essa a sua melhor participação entre todas as Olimpíadas, porém se os resultados forem os melhores possíveis estaremos anos-luz das maiores potências do esporte, que hoje são a China e os Estados Unidos.

Os Estados Unidos dominam com vitórias absolutas a maior parte dos Jogos e têm em seu arsenal de conquistas 2298 medalhas em 25 participações em jogos, das quais são 930 medalhas de ouro. Enquanto isso, a China vive outra história, com um total de 386 medalhas, das quais são 163 medalhas de ouro, porém com apenas oito participações em Olimpíadas, em dados contabilizados até a Olimpíada de Pequim em 2008. Analisando os dois países, observamos a diferença gigante de conquistas e participações e logo concluímos que os Estados Unidos fazem a história há muito tempo, enquanto a China começa a aparecer, e muito bem. Tão bem que em 2008, em Pequim, a China venceu as Olimpíadas com 100 medalhas, 51 medalhas de ouro, enquanto os Estados Unidos tiveram 110 medalhas, porém apenas 36 de ouro. Como na classificação as medalhas douradas valem mais, a China se sagrou, indiscutivelmente, a grande vencedora dos Jogos.

Mas como um país com poucas participações se torna essa potência e vence os Jogos Olímpicos?
Até as Olimpíadas de Los Angeles em 1984, a China era esportivamente insignificante. Um país sem medalhas olímpicas, sem títulos mundiais. Em 2008, nos Jogos de Pequim, massacrou o resto do mundo e liderou o quadro de medalhas. Não há limite para os investimentos e as ambições chinesas no esporte. O governo chinês está disposto a transformar o país na maior potência esportiva de todos os tempos. Não mede esforços e não escolhe modalidades para isso. Não há limites para a China. Milhões de crianças se dedicam ao esporte, dos mais aos menos populares. Muitas delas em centros de treinamento com rigidez militar, tratadas como robôs, quase escravas, e com métodos questionáveis. Entretanto, certa ou não, a política chinesa já dá resultados e conseguirá seu objetivo. Em pouco tempo, derrotar um chinês ou uma chinesa em qualquer competição será uma tarefa duríssima.

Os Estados Unidos lutam, nas Olimpíadas de Londres, para diminuir ou superar a delegação chinesa. Os americanos, que já investiam muito no esporte, se dedicaram ainda mais nos últimos quatro anos, principalmente em esportes menos difundidos no país para buscar resultados e conseguir tirar algumas das medalhas chinesas. Toda essa disputa esportiva e política só nos deixa a dúvida se em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, o Brasil também vai fazer bonito.

Esperar que o Brasil se torne o vencedor das Olimpíadas no Rio é um exagero sem tamanho. Mas podemos esperar mais medalhas, mais vitórias e talvez uma participação histórica?

No Brasil, a maior parte do investimento é destinada aos atletas de ponta. Porém, para chegar até esse ponto, o atleta precisa bancar todos os gastos até conseguir um resultado marcante. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) busca em especialistas as informações necessárias para transformar o Brasil em uma potência olímpica até 2016. Talvez seja tarde demais para acreditar neste sonho, até porque essa preocupação deveria ter sido o tema da preparação anos atrás. Um atleta necessita de muitos anos para uma preparação, que começa na infância com muito incentivo, fato esse que acontece com muito pouco apoio, e muito provavelmente a participação brasileira na Olimpíada do Rio estará muito longe de sagrar o Brasil como potência no esporte.

Fica a dica: Se a ideia principal é, assim como fez a China, chegar a resultados surpreendentes em uma edição olímpica, devemos primeiramente ‘copiá-los’na preparação e no investimento. A China iniciou esse processo há anos. Talvez o objetivo brasileiro fique apenas em realizar a melhor Olimpíada possível no Rio e realizar uma preparação desde agora visando especialmente os resultados para as Olimpíadas de 2020 e 2024, assim teremos o tempo necessário para transformar nosso esporte no mais competitivo possível.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 28 de julho de 2012

Esporte e tecnologia: Onde vamos parar?

Quando falamos em esporte, criamos paralelamente um mundo de super-heróis, com homens e mulheres com ‘poderes’ sobrenaturais que podem, em um breve jogo de palavras, vencer o invencível. Com isso, é absolutamente comum surgirem grandes discussões, em nossos círculos de vida, sobre a capacidade dos atletas.

Ontem tivemos a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, e esta edição, mais do que todas as outras, mexe com o público brasileiro, já que na próxima edição o Rio de Janeiro será sede da maior competição esportiva do planeta. A Olimpíada é a competição mais importante para todos os atletas e envolve um número gigantesco de modalidades. Atletas que quebram recordes atrás de recordes, se sacrificam por vários e vários anos até esta competição, tudo para mostrar em minutos, ou muitas vezes segundos, que são os melhores do mundo.

O assunto de hoje surge em meio a essa preparação toda. Acreditamos que esses homens e mulheres são realmente incríveis, mas as Olimpíadas criaram um mundo onde uma fração de segundo pode ser a diferença entre a decepção e a fama mundial. As margens são muito pequenas e, para atingir o máximo da capacidade, só treinamento e dedicação não basta. Você tem que usar um equipamento com o mínimo de resistência à água ou correr com sapatos equipados, além de treinar contra atletas, companheiros de profissão e máquinas. Isso citando apenas algumas das tecnologias que a cada dia conhecemos melhor.

A tecnologia obriga os treinadores a estarem preparados. Hoje ocorre uma situação inusitada, pois um treinador pode acessar as informações do último treinamento, ferramentas e recursos para os seus atletas. Entretanto, o treinador deve ter o conhecimento tecnológico para fazer uso destas propriedades de base tecnológica. A tecnologia está envolvida no nosso cotidiano e seus benefícios trouxeram grandes mudanças a nossa vida. No esporte não é diferente e ela auxilia atletas, técnicos e árbitros, fortalecendo a ideia de contribuir para um resultado mais justo.

Entretanto, o assunto não é tão simples como texto mostra. O auxílio no processo é bem visto até o ponto em que a tecnologia compete contra o atleta. O sul-africano Oscar Pistorius conseguiu permissão do Tribunal Arbitral do Esporte para disputar os Jogos Olímpicos, não só os Paraolímpicos (onde ele já havia ganhado ouro em Atenas). Na edição de Londres, ele vai competir contra atletas que não fazem uso de próteses. Imaginem a cena: todos os atletas se aquecendo, alongando, quando olham para o lado um cara com próteses em forma de jota invertido começa a se preparar para a largada. Imaginem o choque no mundo todo assistindo. Será muito interessante.

A ciência entrou em ação nesse caso, isso porque era necessário provar que, usando as próteses, o atleta não levaria vantagem sobre os outros. Alguns cientistas eram contra e diziam que a utilização das próteses faria com que o atleta utilizasse menos oxigênio para determinado movimento. Outros cientistas diziam que por um percurso maior que o testado a diferença fica insignificante. Mesmo liberado para competir, as dúvidas persistem e com certeza será motivo para várias e várias discussões pelo mundo todo.

Porém, esta dúvida existe hoje. Pode existir, até o momento em que veremos numa mesma prova atletas separados pela tecnologia de maneira tão deflorada. Caso o sul africano seja derrotado, qual será nosso pensamento? Será que vamos pensar que seria impossível mesmo ele vencer, já que foi algo grandioso ele conseguir chegar às olimpíadas?

Na realidade, as maiores discussões vão acontecer caso ele vença e leve para casa o badalado ouro olímpico. Já imaginou atletas incríveis como Michael Phelps, Yelena Isinbayeva, Usain Bolt ou até mesmo Neymar ficar no pódio no degrau debaixo de atletas como Oscar Pistorius? Como será o dia seguinte no esporte mundial?

Fica a dica: O esporte e a tecnologia são dois acontecimentos distintos, porém a cada dia são mais ligados. Neste texto, não defendo e não critico a participação de nenhum atleta aos Jogos Olímpicos, pois acredito que todos os atletas classificados são merecedores de tal situação. O texto apenas mostra as situações que a tecnologia pode nos oferecer com a evolução natural e cabe a você ler e tirar suas devidas conclusões. Deixo claro que, como educador físico, acredito que o esporte é para todos.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 21 de julho de 2012

Doping no esporte: Uma antiga realidade


O ser humano busca, durante toda a vida, se superar e isso faz parte do conceito de vitória. Superar limites e transformá-los em obstáculos cumpridos é a grande meta de cada esportista. O desejo de dar continuidade a esse processo evolutivo cria uma imagem de um ser humano perfeito, imbatível, capaz de quebrar recordes e acumular vitórias. Para alcançar esse objetivo, muitos atletas utilizam métodos ou substâncias proibidas.

É exatamente nesse ponto que a Educação Física fornece o conhecimento científico necessário para entendermos o que seria o verdadeiro uso do doping.

Se analisarmos a evolução do esporte ao longo de sua existência, vamos entender que podemos considerar doping todo processo evolutivo, tanto em treinamento, como na alimentação ou evolução tecnológica, afinal de contas a tecnologia talvez seja o maior doping que conhecemos. O doping ou dopagem é o ato, o efeito ou a realização de introduzir substância estranha num meio ou sistema, não vivo ou vivo, acidental ou intencional, lícita ou ilicitamente, com propósitos usualmente bem determinados.

A maior cobrança do Comitê Internacional do Esporte (COI) é não permitir que o atleta tenha vantagem sobre outro por utilização de uma substância ou de um equipamento alternativo. O que entra em discussão direta com todo o processo evolutivo é o que podemos chamar de dieta dos atletas. Algumas substâncias são inseridas com o intuito de melhorar a performance, porém em determinadas quantidades são proibidas. Podemos dividir as substãncias dopantes em cinco grupos:

• Estimulantes Psicomotores (a anfetamina, a cocaína e os moderadores de apetite);
• Analgésicos\Narcóticos (a codeína, a morfina, a heroína);
• Esteróides Anabílicos (os hormônios masculinos);
• Estimulantes do Sistema Nervoso Central (a cafeína, a aminoflina);
• Aminas Simpaticomiméticos (estimulam o sistema nervoso central, como vasoconstritores nasais que tem efedrina).

Ultimamente temos assistido em cada competição uma evolução de performances que geralmente é atribuída aos atletas. Mas, os olhares mais atentos percebem que no centro dos principais avanços dos últimos tempos está a informática, que aliada a outras áreas como a medicina, a biomecânica e a farmacologia, tem constituído toda a parafernália tecnológica utilizada na preparação dos esportistas e os equipamentos que eles usam.

O ser humano não para de se superar, considerando que as marcas esportivas não são pensadas apenas como limites do esporte, mas como fronteiras a serem alcançadas e principalmente superadas. A maioria dos recordes de algumas décadas atrás estava em marcas que hoje são atingidas por atletas amadores. Uma parte se deve, de fato, a avanços técnicos e melhor condicionamento físico, mas a maior parte está nos avanços tecnológicos.

Talvez atletas com um talento mais do que especial, os verdadeiros atletas natos e aprimorados com um treinamento espetacular, não atingissem o ápice se não tivessem a disposição certos equipamentos. Refiro-me a bicicletas aerodinâmicas, tecidos que aceleram a evaporação do suor, calçados que compensam defeitos estruturais no pisar de um corredor, pistas especiais, varas de salto que garantem uma mecânica de impulsão, entre outras coisas.

Isso tudo deixa uma grande dúvida: Se a tecnologia melhora as condições de superar marcas e quebrar recordes, até onde a utilização de substâncias que melhoram o desempenho é considerada doping? A tecnologia deve fluir ou não? O doping bioquímico e o doping tecnológico, qual influencia mais?

Fica a dica: O texto não faz uma apologia ao uso do doping, apenas cita a evolução do esporte de alto nível e deixa duas questões. Até quando as entidades responsáveis vão conseguir controlar o uso de qualquer vantagem para atingir resultados maiores? Vale a pena mesmo correr o risco para ser o melhor?


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 14 de julho de 2012

Atividades físicas e a prevenção de infarto no inverno

No dia 21 de junho damos início a estação mais fria do ano, o inverno. Nesta época, o frio causa algumas mudanças em nosso estilo de vida e por isso devemos ficar atentos a essas alterações. Assim, vamos sugerir algumas atenções especiais a essa época do ano em que o frio é muito mais intenso.
Neste período entre os meses de junho e setembro, alguns problemas com a saúde nos preocupam ainda mais e por isso devemos ter cuidados redobrados. Além das doenças virais comuns da estação, como gripes e resfriados, as doenças cardiológicas também têm maior ocorrência no período. Esse fato ressalta a importância de todos estarem atentos à saúde de seus corpos e corações.

Essa relação entre o inverno e o aumento de problemas cardíacos sustenta algumas hipóteses, isso porque a baixa na temperatura faz aumentar os casos de inflamação nos vasos sanguíneos. Isso aumenta a formação de placas de gordura na parede dos vasos, o que ocasiona um processo que chamamos de aterosclerose, que reduz o diâmetro do vaso, colocando em risco nossa saúde.

Outra mudança que o frio causa em nosso sistema circulatório é a vasoconstrição, efeito que diminui o calibre dos vasos. É um ajuste automático do nosso corpo para manter o equilíbrio térmico. O colesterol elevado é silencioso e assintomático. Uma boa porcentagem das pessoas que morrem de causa súbita do coração tem colesterol alto e não sabia.

Com a diminuição do calibre dos vasos, veias e artérias, a pressão arterial sofre um aumento que pode causar uma aceleração dos batimentos cardíacos. Isso acontece porque a quantidade de sangue que passa nas veias e artérias diminui e o coração precisa acelerar para conseguir enviar a mesma quantidade de antes.

O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que se deve à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sanguíneos que irrigam o miocárdio podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração. As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento de sangue. É assim que ocorre o infarto do miocárdio. Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local. O infarto também pode ocorrer em vasos coronarianos normais quando as artérias coronárias apresentam um espasmo, ou seja, uma forte contração que determina um déficit parcial ou total no suprimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído.

O exercício físico é um grande aliado à saúde do coração. Dentre muitos benefícios, controla a pressão dos hipertensos crônicos, melhora os índices de glicemia e diminui os níveis de colesterol e triglicérides do sangue. O indivíduo condicionado pelo esporte regular tem menor frequência cardíaca, pouco consumo de oxigênio pelo coração e baixo desgaste do músculo cardíaco. Libera endorfinas que se acumulam na circulação e no sistema nervoso, causando sensação de bem estar e perda de peso.

O número de infartos no inverno aumenta quase 30% em relação às outras épocas do ano. Os dados são de uma pesquisa publicada pelo British Medical Journal, periódico científico inglês. O exercício físico pode aumentar a capacidade de função cardiovascular e diminuir a demanda de oxigênio do miocárdico para um determinado nível de atividade física, isso facilita tanto a prevenção quanto também a recuperação após o infarto.

Fica a dica: Cuidar da saúde do corpo é fundamental, o infarto pode causar sérios danos a nossa saúde ou até mesmo nos levar a óbito. Portanto cuide da saúde do seu coração. Saúde em primeiro lugar.


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 7 de julho de 2012

Você acredita mesmo que sabe treinar?

Não é apenas a educação física que sofre com a ‘síndrome do aprendizado instantâneo’. Brincadeiras a parte, em todas as áreas temos pessoas que vivenciam um pouco e se sentem absolutamente preparadas para tomar decisões ou opinar sobre algum assunto específico.

Quantas vezes as pessoas se automedicam, ou pior, indicam medicamentos a outras pessoas sem imaginar quais reações aquele produto pode causar. Receitas de dietas especiais para emagrecer, aumentar o peso e muitas outras situações que o nutricionista estuda anos e anos e as pessoas, em segundos, decifram todas as quantidades e combinações. Isso não se restringiu apenas a área da saúde, pois dentro desse contexto encontramos eletricistas, mecânicos, encanadores, entre outros. Em diversas situações, as pessoas acreditam que, na prática, podem aprender o que ainda gera muita dúvida após anos e anos de estudos.

Hoje vamos falar da musculação e dos diversos problemas que a prática sem orientação pode causar, e quando digo sem orientação estou citando também aqueles praticantes que buscam treinos pela internet, revistas ou outra metodologia neste padrão. Estes praticantes que acreditam que treinar é realizar determinados exercícios com qualquer série e repetição, estão muito enganados, pois um treino consiste em individualizar os exercícios e promover as melhoras necessárias de acordo com o objetivo traçado.

Além da ineficiência do treino em relação à meta desejado, a probabilidade desse treino gerar lesões é muito grande e essas lesões podem ocorrer por gestos motores realizados incorretamente, onde as posturas incorretas colocam a coluna vertebral e as articulações em riscos de lesões articulares e desvios posturais, levando o corpo à fadiga muscular e mental. Muitas vezes, excessos de treinamento geram uma síndrome chamada de overtraining e neste caso o excesso de exercícios deixa o corpo debilitado, afetando o rendimento, o humor, a motivação e até mesmo o convívio. Quando se prescreve um treinamento, deve-se levar em consideração uma série de fatores, como divisão da rotina semanal de treino, tipo de série a ser utilizada, número e ordem dos exercícios, número de exercícios por grupamentos musculares, números de séries e repetições, percentual de sobrecarga, intervalo entre as séries e os exercícios, velocidade de execução dos movimentos, entre outros.

Adolescentes, quando não orientados, podem ter problemas ainda maiores, já que o trabalho com cargas não deve exceder alguns limites. Trabalhar com cargas adequadas a sua idade e ao seu corpo são medidas que previnem lesões e futuros problemas de crescimento. Uma dieta rica e balanceada e muito descanso garantem mais “combustível” para os seus objetivos. E lembre-se: atividade aeróbia (andar, correr, pedalar, nadar) e alongamento complementam a musculação e garantem mais saúde.

A prática inadequada da musculação pode gerar lesões, até mesmo irreversíveis, para o resto da vida. A sobrecarga, a má utilização dos aparelhos, a execução incorreta dos exercícios ou a carga de treino inadequada são alguns fatores que podem causar essas lesões. É preciso consciência para entender a importância de uma boa orientação.

Fica a dica: Preste muita atenção aos riscos da prática de musculação sem orientação. Não acredite que alguns dias, meses ou anos de treino lhe darão o embase necessário para montar treinamentos para você ou para outras pessoas, pois isso requer muito estudo e muita pesquisa. Treinar corretamente é buscar uma melhor qualidade de vida. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 30 de junho de 2012

Suplementos alimentares da moda: Vale a pena utilizar?

A cada dia se torna mais assombroso o aumento do consumo de suplementos alimentares por praticantes de atividades físicas. A ideia de buscar um corpo perfeito vem se tornando cada vez mais a principal meta dos adeptos ao exercício. A venda do corpo perfeito realizada pela mídia influencia de uma maneira muito acentuada o objetivo dos praticantes.

Como já sabemos, alguns suplementos podem sim auxiliar em diversos processos como perder peso, aumentar a imunidade, aumentar a queima de gordura localizada, ganhar massa muscular, combater o overtraining (excesso de treino) e prevenir lesões. São muitos os questionamentos sobre a utilização de suplementos e desde que exista orientação de um profissional adequado (no caso o nutricionista) e associado a uma dieta equilibrada, os suplementos podem sim trazer benefícios. Caso contrário, o prejuízo pode ser para sua saúde, que consumiu os produtos, e para seu bolso, que pagou por eles.

Alguns suplementos que hoje em dia são febre nas academias têm sua venda proibida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como é o caso do M-DROL e do JACK3D. Estes suplementos, mesmo com sua comercialização proibida, são utilizados livremente e comercializados facilmente. Vamos conhecer um pouco mais sobre esses dois suplementos da moda.

Para iniciar vamos conhecer o JACK3D, que é conhecido por aumentar a força, disposição, recuperação e energia para o treino. Com a maioria dos ingredientes legalizados, o JACK3D faz sucesso por otimizar a chamada vontade de treinar. O problema acontece com a inclusão de dois ingredientes: o Schizandrol-A e 1,3-Dimethylamylamine. Apesar do nome, não são substâncias anabolizantes esteróides (os famosos hormônios). Na verdade, são poderosos estimulantes do sistema nervoso central e resultam em uma euforia e disposição acima do normal, deixando as pessoas elétricas e loucas. O Schizandrol-A parece também exerce efeito negativo sobre o cortisol (hormônio altamente catabólico). A 1,3-Dimethylamylamine, por sua vez, é bastante usada como droga recreacional e inclusive consta na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Anti-Doping.
Com o efeito de acelerar o metabolismo, o JACK3D convence seus consumidores pelo efeito ofensivo de dois ingredientes que trazem um efeito elétrico para quem utiliza.

Já o M-DROL é muito utilizado para praticantes de exercícios com o objetivo de aumentar a massa muscular. Vamos conhecer os ingredientes do M-DROL: 2α,17α-Dimethyl-5α-Androstane-3-One-17β-O, Estra-4,9-Diene-3,17-Dione, 17α-Methyl-Etioallocholan-2-Ene-17β-Ol, Bergamottin (DHB), Liver Support Complex. Esses nomes tão complexos e desconhecidos acabam passando despercebidos, porém os três primeiros citados fazem parte do grupo de anabolizantes esteróides, ou seja, são anabolizantes orais e tem uma capacidade de fazer muito mal ao fígado (hepatotoxicidade).

A lista de malefícios que este anabolizante disfarçado de suplemento pode trazer é gigantesca. Vejamos alguns dos efeitos negativos da utilização do M-DROL:

• Queda da produção natural de testosterona;
• Infertilidade;
• Impotência;
• Ginecomastia (crescimento das mamas no homem, podendo até causar secreção de leite);
• Aumento do risco de câncer de próstata;
• Problemas na glândula tireóide;
• Irritabilidade / hostilidade / raiva;
• Feminização no homem;
• Nas mulheres: Desenvolvimento de características masculinas como virilização, acne severa, crescimento excessivo de pelos faciais e corporais, voz grave, queda de cabelo, hipertrofia do clitóris, redução das mamas, amenorreia (ausência de menstruação);
• Comprometimento do sistema cardiovascular (aumento do coração, risco de AVC e infarto);
• Se usado por adolescentes que não completaram o crescimento, pode causar o amadurecimento precoce das epífises ósseas, limitando o crescimento;

Será que vale mesmo a pena utilizarmos produtos com uma combinação de ingredientes tão nocivos ao nosso organismo? Será que o efeito desses produtos é tão surpreendente e saudável ao corpo? E você está mesmo disposto a pagar o preço necessário pela utilização desses produtos?

Devemos entender que uma dieta bem organizada e completa sempre traz ao praticante de atividades físicas o objetivo desejado. Ganhar massa, melhorar o condicionamento, emagrecer ou aumentar a disposição são objetivos que conseguimos alcançar com um treinamento bem organizado e uma dieta equilibrada. Procure um nutricionista e um professor de educação física e entre no ritmo. Viver mais tempo e com mais qualidade de vida é nosso grande objetivo. Nossa maior dúvida deve ser: Devemos pagar mais caro amanhã pelos caprichos de hoje?

Fica a dica: Suplementos é uma espécie de placebo caro. Com uma dieta equilibrada e exercícios físicos você tem resultados surpreendentes e muito mais saudáveis. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 23 de junho de 2012

O que são exercícios aeróbios e anaeróbios?

Muitas vezes, durante o treinamento, são utilizados alguns termos que geram dúvidas nos praticantes de atividades físicas. Dois deles muito utilizados e que geram muitas questões são os exercícios aeróbios e os exercícios anaeróbios. A partir deles, surgem as dúvidas: quais as principais diferenças e os efeitos sobre nosso organismo?

A atividade física aeróbia utiliza oxigênio na produção de energia para o músculo e trabalha uma grande quantidade de grupos musculares. Geralmente são exercícios contínuos e prolongados. É uma categoria de atividades físicas que traz muitos benefícios ao nosso corpo e diminui a chance de doenças cardiovasculares. Os exercícios aeróbios e de longa duração queimam as reservas de gorduras do nosso corpo com mais eficiência. Exercícios como andar, correr, nadar e pedalar são os principais exercícios aeróbios.

Atividades anaeróbias são aquelas em que a produção de energia para os músculos acontece por processos metabólicos e não envolve o oxigênio. Exercícios anaeróbios são geralmente usados por atletas para desenvolver com o intuito de construir massa muscular. Músculos que são treinados sob condições anaeróbias desenvolvem melhor performance em atividades de curta duração e alta intensidade. Exemplos de exercícios anaeróbicos incluem musculação, sprints, saltos e qualquer exercício que consista em movimentos rápidos de alta intensidade.

Em nosso dia-a-dia realizamos atividades aeróbias e anaeróbias e um programa completo de exercícios físicos deve ser composto destes dois tipos também. Isso por que cada um qualifica uma melhora diferente em nosso metabolismo e a melhora de um implica em um grande auxílio na melhora do outro. Na área do treinamento esportivo, esses são nomes comuns, que fazem parte do cotidiano dos atletas. Os termos ficaram conhecidos em função da famosa ‘ginástica aeróbica’, treino que consistia na variação de ritmos e movimentos, muito comum nas academias nas décadas de 80 e 90. A grafia mais correta destes termos é: ‘aeróbio’ e ‘anaeróbio’, mas o dicionário aceita suas variáveis.

Tanto nos exercícios aeróbios, quanto nos exercícios anaeróbios, vários são os benefícios e os contras, vamos conhecer alguns:

• TREINAMENTO AERÓBIO
Pode ser praticado por qualquer pessoa, começando com caminhadas, por exemplo. É ótimo para melhorar o sistema cardiorrespiratório e vascular, pois diminui a pressão arterial, aumenta o fluxo sanguíneo e ainda fortalece o músculo cardíaco. Além de trabalhar uma grande quantidade de grupos musculares, aprimora o sistema de treinos, facilitando a queima de gordura corporal. Fique atento: se o atleta não fizer um bom trabalho de fortalecimento muscular e alongamento, poderá sofrer com lesões, devido ao esforço repetitivo.

• TREINAMENTO ANAERÓBIO
Por aumentar a velocidade e explosão muscular, melhora o desenvolvimento dos músculos para atividades de curta duração. Aumenta também a capacidade de correrem pequenas distâncias e em alta velocidade. Fique atento: não é um treino recomendado para pessoas com problemas articulares e deve ser praticado por atletas bem treinados, respeitando sempre o limite de esforço. Em excesso, podem levar a distensões musculares.


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 16 de junho de 2012

Educação física escolar:O maior incentivo a uma vida saudável

Há muito tempo que a educação física escolar é pauta de discussões e projetos que envolvem desde o governo municipal até o governo federal. A importância e os aspectos positivos desta prática já foram estudados, registrados, discutidos, avaliados e compreendidos, porém, mesmo depois disso tudo, a cada ano que se passa o sentimento de abandono com essa disciplina se torna mais evidente.

A educação física é uma área de conhecimento que estuda o corpo e o movimento. Nesta disciplina escolar não se deve levar em consideração apenas os benefícios fisiológicos que o exercício proporciona, e sim a possibilidade dos alunos conhecerem um grande número de alternativas e opções de movimentos que os auxiliem no processo de autoconhecimento corporal. O movimento permite que expressemos sentimentos, emoções e pensamentos, sendo muito mais que um deslocamento do corpo, e sim uma linguagem manifestada pelo ato motor.

A educação física permite conhecer conteúdos como o esporte, o jogo, a dança, a ginástica, a luta, entre outras. Por apresentar a representação corporal, com características lúdicas, de diversas culturas humanas, podemos dizer que a educação física escolar é uma disciplina que leva o aluno ao conhecimento das possibilidades e limitações do seu próprio corpo. A educação física escolar desperta nas crianças o vigor físico, a capacidade psicomotora e a influência numa vida sadia, além de ser uma das mais eficientes formas para promover o ensino/aprendizagem de maneira completa, complexa e lúdica, além de ser capaz de, através do próprio movimento, colocar em evidência as diferenças culturais, corporais e sociais da população envolvida.

No conteúdo escolar, a educação física deve ter vários conceitos, como o lazer, a saúde, o esporte de rendimento e o esporte participativo. Esses contextos devem levar ao objetivo de entender a importância na qualidade de vida e nos valores transmitidos. Essa disciplina deve proporcionar a ideia e explicar a importância de uma vida ativa.

No país que será sede da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas de 2016, a educação física ainda não decolou. O Brasil deixa a desejar, e muito, na sua base, que acaba desestruturada pela falta de investimento, por isso a educação física nas escolas deve ser vista também como o alicerce do esporte, e um país que lutou tanto para entrar no circuito mundial das principais competições esportivas limitou-se a se preocupar com o presente e não pensar no futuro.

Falta de espaço físico, falta de materiais, professores desmotivados, professores despreparados, planejamentos fracassados e alunos desmotivados são alguns dos maiores problemas que educação física escolar encara todos os dias. Mas não devemos nos enganar ao numerarmos os problemas que devem ser combatidos para criar uma educação física escolar que tenha todos os benefícios citados até agora. Nosso primeiro item deve ser a falta de preparo de nossos governantes. Um país que investe R$ 10 bilhões ou mais em uma competição poderia cobrar muito mais por pequenos resultados que representassem uma melhora na base, e isso diz respeito, e muito, à educação física escolar.

Estudei em uma época em que a iniciativa esportiva era melhor e levada bem mais a sério, mas em compensação presenciei e conheci a desmotivação da rede de ensino, que levava junto alunos e professores à decadência da educação física escolar. Entretanto, fui privilegiado pela atuação de professores que mesmo com dificuldades e falta de incentivo ainda conseguiam transformar o ambiente dessa disciplina no melhor possível. Nessa história de dedicação à educação física escolar eu não poderia deixar de citar o professor Gilberto Paganini Marin, o Gil, exemplo de profissional dedicado que luta pela qualidade na história da educação física. Uma pena que os meios sejam tão complicados no caminho do professor Gil.

Muitos políticos acreditam que o incentivo da Copa do Mundo e das Olimpíadas vai beneficiar toda a estrutura de esporte no país. Cabe a todos nós cobrarmos para que essas melhoras já comecem a acontecer e que não fiquem apenas em promessas. E que a educação física escolar, assim como o esporte no Brasil, ganhe finalmente a importância merecida.

Fica a dica: Base para toda a existência do ser humano, a educação é primordial para a estruturação de uma grade que tenha como objetivo uma melhor qualidade e um melhor estilo de vida. Educação é a base do sucesso!

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 9 de junho de 2012

Natação: Sinônimo de qualidade de vida!

A natação é um dos esportes mais completos e isso pode ser explicado pelo elevado grau de melhora das capacidades físicas que ela proporciona. Por ser um esporte tão completo, o número de praticantes e de indicações para essa modalidade é gigantesco. A evolução no condicionamento físico acontece pelo fato da natação estimular os sistemas respiratório e cardiovascular, além da simetria de movimentos entre braços e pernas auxiliar o desenvolvimento físico e mental. Essa movimentação simultânea de braços e pernas desenvolve a coordenação e a lateralidade. Por ser uma atividade que não oferece impacto, possui mínimo risco de lesão e isso faz com que ela seja indicada com tanta frequência e para diferentes objetivos.

A natação tem uma variação muito grande quanto aos praticantes que podem ser homens mulheres, crianças, bebês, grávidas e idosos. Todos esses grupos podem tirar vantagem desta modalidade esportiva de reduzido impacto para a estrutura óssea. A água tem características relaxantes para as funções orgânicas e este aspecto auxilia a ideia de ser uma atividade para vários grupos. A natação diminui os riscos de incidência de doenças cardiovasculares. De fato, as braçadas vão tornando o coração mais forte, favorecendo a formação de músculos, ao mesmo tempo em que eliminam a gordura em torno deste órgão vital, de modo que este adquire a capacidade de bombear mais sangue para todo o corpo. Paralelamente, esta atividade física reduz a frequência cardíaca e estimula a circulação sanguínea. Nadar é um exercício formidável, pois além de exercitar a parte muscular e auxiliar o ganho de resistência e fôlego, é uma excelente alternativa para combater problemas respiratórios como a asma e a bronquite. Vários são os benefícios que a natação oferece, os mais importantes são:

• Diminuição da gordura corporal;
• Aumento da força e resistência muscular;
• Diminuição da frequência cardíaca em repouso;
• Aumento do VO2 máximo;
• Aumento da ventilação pulmonar;
• Diminuição da pressão arterial;
• Melhora do condicionamento cardiorrespiratório;
• Melhora da coordenação, do ritmo, da flexibilidade, do tônus muscular, da agilidade;
• Melhora da autoestima;
• Aumento do bem estar;
• Socialização;

A natação faz um grande sucesso e traz grandes benefícios também para pessoas com deficiências. As atividades na água e o próprio ato de nadar significa muitas vezes, um momento de liberdade, no qual este consegue movimentar-se livremente, sem auxílio de bengala, muletas, pernas mecânicas ou cadeiras de rodas. O movimento livre lhe proporciona a possibilidade de experimentar suas potencialidades, de vivenciar suas limitações, ou seja, de conhecer a si mesmo, confrontar-se e quebrar as barreiras da incapacidade. A partir do momento em que se depara com suas potencialidades, apesar das suas limitações, o indivíduo descobre sua capacidade de se movimentar na água, sem auxílio, o que aumenta a sua autoestima, sua autoconfiança e consequentemente sua independência.

Fica a dica: A natação oferece grandes benefícios a diversos grupos de praticantes. É um esporte completo que oferece um leque gigantesco de benefícios e uma opção para pessoas que buscam uma melhora significativa na qualidade de vida. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 2 de junho de 2012

Hérnia de disco: Do tratamento a uma vida normal


A inatividade física pode trazer muitos malefícios para nosso corpo. Atualmente, o sedentarismo é eleito um dos grandes responsáveis pelos diversos problemas de saúde que a população pode passar. A falta de exercícios acarreta sérios problemas, porém hoje vamos falar de um problema que pode acontecer até mesmo quando praticamos atividades físicas regularmente: Vamos falar da hérnia de disco.
A coluna vertebral é constituída de pequenas vértebras que separamos em cinco grupos. No primeiro, a coluna cervical é constituída de sete vértebras localizadas no pescoço. O segundo grupo é a coluna torácica, sendo esta constituída de doze vértebras que servem de inserção para as costelas. O terceiro grupo é a região lombar, que é constituída de cinco vértebras, sendo responsável pela sustentação do peso de todo o tronco, tanto na posição sentada como em pé. As duas ultimas regiões, que são a região sacral, constituída por cinco vértebras, e o osso do cóccix, formado por quatro vértebras, têm uma formação diferente, pois nestas regiões as vértebras são fundidas umas às outras.
Entre cada vértebra encontramos o disco intervertebral, que trata-se de uma placa cartilaginosa que forma uma almofada entre os corpos vertebrais. Após traumatismos (quedas, acidentes automobilísticos, esforços ao levantar, entre outros), a cartilagem pode ser lesada, comprimindo raízes nervosas. Em qualquer local da coluna vertebral pode haver herniação discal. A hérnia de disco na região torácica é a mais rara de aparecer e pode acarretar fortes dores na região da costas. Seu diagnóstico é muito difícil. Normalmente a procura por uma hérnia na região cervical ou lombar pode facilitar a visualização em algum exame mais especifico, ou seja, sua descoberta pode ser acidental. As duas lesões de hérnia mais comuns são na coluna lombar e na cervical.
Uma herniação discal pode trazer os seguintes sintomas:
Disco cervical:
• Dor e rigidez na nuca, nas nádegas, nos ombros e na escápula;
• Dificuldade de movimentação dos braços, com sensação de formigamento (parestesia).
Disco lombar:
• Dor lombar, no quadril e nas coxas, irradiando-se para a panturrilha e o tornozelo;
• Dor acentuada ao espirrar, levantar peso, etc.;
• Deformidade postural da coluna;
• Dificuldade para andar e flexionar a coluna;
A sedentarismo pode facilitar lesões na coluna. A falta de alongamento ou fortalecimento dos músculos estabilizadores da coluna acabam facilitando que algum movimento mais rápido ou com uma amplitude alta gere alguma lesão no disco intervertebral, porém até mesmo em praticantes regulares de atividades físicas esse tipo de lesão pode acontecer. Hérnias de disco extrusas (hérnias em estado mais avançado) podem ser tratadas também com fixação por implantes, as chamadas artrodeses. E também com um tratamento mais novo conhecido como fixação dinâmica, ou próteses de disco, nas quais se preserva a mobilidade de articulação.
Quando não é necessária uma intervenção cirúrgica, fato mais comum, o tratamento para a hérnia de disco se inicia em um programa que utiliza várias técnicas de fisioterapia manual, visando melhorar o grau de mobilidade muscular e articular, dando espaço para nervos e gânglios, e fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos, enfatizando o controle intersegmentar da coluna.
É muito importante, após as sessões de fisioterapia, buscar alternativas para manter os benefícios decorrentes do tratamento. Uma opção eficiente e segura é um programa de exercícios de musculação que incluem os principais componentes do fortalecimento da musculatura ajustados de acordo com a especificidade da situação e supervisionados por profissionais de Educação Física.
Um método de treinamento muito utilizado e muito eficaz no tratamento da hérnia de disco é o Pilates, É um método que preconiza alcançar um desenvolvimento do corpo de forma uniforme, objetivando uma melhora no condicionamento físico e mental com exercícios globais, isto é, que exigem um trabalho do corpo todo, utilizando diferentes aparelhos e equipamentos. Através dos seus princípios, concentração, fluidez, controle, respiração, centro de força e postura, o praticante do método irá melhorar sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.
Fica a dica: A hérnia de disco é uma lesão na coluna vertebral que pode acontecer tanto em praticantes de atividades físicas como em indivíduos sedentários, tendo o segundo grupo uma incidência maior. O mais importante é realizar um tratamento adequado e seguir com uma vida o mais próxima possível do normal. Procure seu médico, realize as seções de fisioterapia necessárias para o tratamento e depois procure um profissional de educação físicas especializado para promover uma melhora significativa para sua coluna. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 26 de maio de 2012

É possível um indivíduo com asma praticar atividades físicas?

É muito comum encontramos praticantes de atividades físicas com alguma doença respiratória. Muitas vezes, a prática de exercícios foi iniciada exatamente por orientação médica, com o intuito de melhorar as condições respiratórias através das atividades físicas que trabalham a melhora das vias respiratórias.
A asma é uma das mais comuns entre essas doenças e muitas vezes os asmáticos recebem orientação médica para praticarem atividades físicas, das quais a natação é o tipo mais indicado.

Estudos realizados pelo Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, apontam que a atividade física reduz em até 60% os sintomas de asma, como tosse, chiado, falta de ar e aperto no peito. De 16 ocorrências por mês, os pacientes passaram a apresentar apenas seis. A asma é uma doença inflamatória da mucosa bronquial que impede a passagem do ar até os pulmões. Normalmente, a doença é controlada com o uso de broncodilatadores, que expandem os brônquios e permitem a passagem do ar. Os aspectos psicossociais, como ansiedade e depressão, características do asmático por natureza, também foram atenuados, comprovando a eficácia do método para a melhora da qualidade de vida e autoestima dos pacientes.

Durante muito tempo, foi absolutamente comum ouvir que asmáticos não deveriam praticar atividades físicas e mesmo os exercícios leves ou moderados poderiam agravar ainda mais o quadro. Bem, tudo isso mudou, e muito, com o passar dos anos e com o avanço dos estudos, descobriu-se que os exercícios aeróbicos leves e moderados reduziram marcadores de inflamação típicos da asma. Claro que o asmático precisa tomar algumas precauções antes de se exercitar. Para esportes aquáticos, como natação ou hidroginástica, deve-se optar por piscinas aquecidas, protegidas do frio e tratadas com sal, já que o cloro é um fator irritante. Aquele que prefere correr precisa evitar dias muito secos, os locais poluídos e os horários de pico no trânsito. O ideal é uma prática de três a cinco vezes na semana por volta de 30 minutos diários.

Muitos atletas competem ou competiram em altíssimo nível mesmo sendo asmáticos, como é o caso do multicampeão olímpico Mark Spitz, que iniciou a natação para um tratamento contra a asma e tornou-se o atleta com o maior número de medalhas olímpicas na história em 1972, recorde que só foi batido em 2008. No Brasil Diego Hypólito, que é bicampeão mundial em ginástica, sofre de asma. Hoje em dia, é possível afirmar que atletas asmáticos competem exatamente no mesmo patamar de atletas não asmáticos.

É muito importante saber que para qualquer praticante de atividades físicas a asma não é mais empecilho nenhum para a prática regular. Essa prática de atividades físicas, aliada a um programa bem elaborado, pode promover ao asmático uma melhora na mecânica respiratória, tornar a ventilação pulmonar mais eficaz e melhorar sua ação diafragmática. O processo de melhora da condição física do asmático é decorrente da melhora da função cardiorrespiratória, isso auxiliará a suportar melhor os agravos da saúde. A prática regular de exercícios aumenta o condicionamento e com isso a tolerância ao exercício com o menor esforço. É muito importante que o programa de exercícios auxilie o corpo a trabalhar a favor do indivíduo e não contra ele e, para isso, é necessário que o programa respeite as limitações e trabalhe a favor das melhoras cardiorrespiratórias. Também é preciso respeitar a diferença nas adaptações ao exercício que o asmático tem.

O tratamento contra a asma não constitui apenas de atividades físicas. Medicação e cuidados com o ambiente são indispensáveis no processo. Um indivíduo em crise pode agravar seu estado caso pratique atividade física sem orientação ou mal orientado.
Fica a dica: o indivíduo com asma pode praticar qualquer tipo de atividade física, porém a supervisão sobre ele e o conhecimento específico para a montagem de um programa direcionado é fundamental. Procure um profissional de educação física competente para elaborar um programa que auxilie seu processo de melhora e ajude a praticar atividades físicas regularmente. Melhore, e muito, sua qualidade de vida. Saúde em primeiro lugar.


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 19 de maio de 2012

Videogames ativos substituem as atividades físicas?

A maior de todas as novidades dos últimos anos é o lançamento dos videogames que utilizam os movimentos do corpo para interagir com o jogo. Esse novo conceito de videogame vem dominando o mercado. O X-Box 360 com dispositivo Kinect, este que foi criado por um brasileiro, e o Wii da Nintendo são os mais famosos nesta nova linha de jogos eletrônicos. 


É realmente uma verdadeira revolução neste tipo de empreendimento. Fazer com que os jogadores interajam fisicamente com o seu ‘avatar’ no jogo é realmente um dos sonhos dos antigos jogadores do Atari na década de 80. Naquela época, mesmo com os gráficos primitivos e a pouca jogabilidade, o videogame era algo fora do comum e faziam parte de horas e horas de entretenimento. Com o passar dos anos e a melhora dos jogos chegando cada dia mais perto da realidade, criavam a ilusão de qual seria a próxima evolução e foi aí que surgiram esses novos games que geram essa integração física com os jogos. 

Porém, ao mesmo tempo em que os videogames evoluíram em um conceito, o nosso estilo de vida regrediu na prática de atividades físicas. É cada vez menos comum ver pelas ruas crianças brincando, jogando bola, andando de bicicleta. A evolução da tecnologia facilita alguns pontos para nossa vida que acaba fazendo com que utilizemos menos movimentos diários para realizar as mesmas tarefas de antes, o que diminui o nível de atividades físicas realizadas. 

O mundo inteiro se preocupa hoje que o sedentarismo infantil. Com essa preocupação emergente, surgem também várias ideias ou respostas para tentar suprir as dificuldades do dia-a-dia e proporcionar às crianças situações que auxiliem na prática de atividade física. Estudos e mais estudos buscam melhores resultados e melhores sugestões para oferecer. 

O surgimento dos jogos com interatividade física talvez sejam as maiores esperanças para aumentar os níveis de atividades praticadas pelas crianças. A grande dúvida é: Os jogos eletrônicos já podem ser considerados exercícios físicos? 

A maior diferença entre atividades físicas e os movimentos utilizados nesses jogos é a resposta física de cada estímulo. Quando colocamos uma criança para brincar de pega-pega, esconde-esconde, subir em arvores, correr, pular, agachar, entre outras atividades, acabamos exigindo dela um esforço gradativo, que pode variar de acordo com a lógica da atividade. Em muitas situações, ela é obrigada a vencer esses estilos com uma velocidade maior, com uma mudança de direção, diferença de tipos de piso, entre muitas outras situações, o que já não acontece nessa simulação proporcionada pelos videogames, onde o padrão de movimento não estimula com tanta necessidade tais melhoras nas capacidades físicas. 

Entretanto, existem muitos benefícios que este tipo de jogo proporciona. O aumento do número de movimentos realizados diariamente para os praticantes deste tipo de game proporciona um aumento significativo no gasto calórico diário, auxiliando, e muito, na luta contra a obesidade, alem de aumentar os níveis de movimentos realizados e diminuir o índice de sedentarismo. Além disso, os jogos exigem um grau de concentração elevado e induz os praticantes a realizarem movimentos que melhoram significativamente a coordenação motora, a memória e consequentemente o repertório motor da criança, ou até mesmo dos adultos praticantes. 

É muito importante incentivar a prática de atividades físicas. Substituir os exercícios por jogos eletrônicos não é o caminho certo para solucionar este problema. É muito importante entender que atividades físicas sempre serão práticas esportivas muito mais completas e benéficas ao nosso corpo e nossa saúde. Mas com toda certeza, acrescentar ao dia-a-dia mais uma atividade que disponibilize a necessidade de “mexer o esqueleto” e gastar algumas calorias é com certeza uma ótima ideia. 

Fica a dica: utilize a tecnologia sempre a nosso favor. Realizar exercícios é nossa necessidade e acrescentar a tecnologia para aumentar ainda mais nosso repertório de possibilidades de uma vida mais saudável é, com toda certeza, usar a tecnologia a favor da humanidade. Saúde em primeiro lugar. 

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.