A falta de atividade física é o que chamamos de sedentarismo e vem aumentando em todo o mundo. No Brasil é um problema que vem assumindo grande importância e, segundo pesquisas, a população atual gasta bem menos calorias hoje do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afeta aproximadamente 70% da população brasileira. Isso é mais do que somar a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. Na grande maioria dos países em desenvolvimento, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico.
Um dos motivos mais utilizados como justificativa para a inatividade física é a falta de tempo, pois muitos adultos culpam a extensa rotina de trabalhos e tarefas como fator decisivo para não iniciarem um programa regular de atividades físicas. Este sedentarismo, combinado à rotina muito corrida, promove alguns problemas de saúde sendo a LER (lesão por esforço repetitivo), um dos mais comuns. A LER consiste em uma síndrome de dor nos membros superiores, com queixa de grande incapacidade funcional, causada primariamente pelo próprio uso dos membros superiores em tarefas que desenvolvem movimentos locais ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o de Síndrome da Dor Regional. O diagnóstico diferencial deve incluir as tendinites e tenossinovites primarias a outros fatos, como reumatismo, esclerose sistêmica, gota, infecção gonocócica, traumática, osteoartrite, diabetes, mixedema, etc, uma vez que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
Durante a jornada de trabalho, diversas situações que podem ter reflexos diretos ou indiretos em nossa vida, desde sua estrutura física corporal, quanto psicológica e social. Tais condições podem ser consideradas por atividades laborativas nas quais exijam uma prolongada posição corporal, seja na manutenção de postura inadequada, a pressão desencadeada pelo processo de trabalho, o uso de ferramentas inadequadas, pausas inadequadas e horas extras de trabalho. O estresse vem como uma resposta aos estímulos que perturbam e desorganizam o organismo. A fadiga mental pode apresentar diversas manifestações como:
• Perda de concentração mental;
• Fadiga fácil, fraqueza, mal-estar;
• Instabilidade emocional, descontrole, agressividade;
• Irritabilidade;
• Depressão;
• Palpitações;
• Dores musculares e de cabeça;
A prática regular de exercícios tem como meta equilibrar a funcionalidade do nosso corpo. Quando o analisamos mecanicamente, observamos que é necessário utilizá-lo constantemente e esse é o objetivo geral da prática de atividades físicas, que ainda traz outros benefícios a nossa vida profissional como, por exemplo:
• Aumenta a produtividade;
• Menor propensão às doenças;
• Combate o estresse e a indisposição;
• Melhora sua capacidade para esforços físicos;
• Melhora sua autoestima;
Fica a dica: Os exercícios promovem melhoras para nosso desempenho profissional. O estresse do dia-a-dia diminui e, com isso, aumenta nossa facilidade para realizarmos tarefas cotidianas de maneira muito mais eficaz e prazerosa. Saúde no trabalho é fundamental para uma vida mais tranquila. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado emEducação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa
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