domingo, 26 de agosto de 2012

Pedalando do lazer para a saúde

Atualmente, o aumento de automóveis em geral (carros, motos e caminhões) nas grandes cidades é extremamente estressante. Chega a ser um absurdo os quilômetros e quilômetros de engarrafamentos que observamos pela televisão. Claro que isso é um problema grave nas maiores metrópoles. Porém, em cidades como a nossa, em determinados horários o acumulo de carros nos pontos de acessos se torna desconfortável e o pior é que até mesmo aos finais de semana essa situação é assim. Isso porque, hoje em dia, cada vez mais as pessoas utilizam seu veículo para as tarefas mais simples, mesmo para percorrer distâncias pequenas.

Com esse acúmulo de veículos, quem acabou ‘pagando’ por isso foram os ciclistas, que a cada dia sentem mais dificuldades e mais receio em enfrentar o trânsito. Com isso, diminui-se muito o número de praticantes desta modalidade, uma prática de atividade física que além de muito prazerosa é também muito eficiente.

Costumo dizer que andar de bicicleta "fortalece o corpo e a alma”. As pessoas que andam de bicicleta regularmente poupam muitas visitas ao médico. Muitas pessoas com problemas como dores de costas, excesso de peso ou doenças cardiovasculares poderiam desfrutar de muitos anos de boa saúde se usassem a bicicleta com mais frequência.

Pedalar é uma atividade que convida pessoas de faixas etárias diferentes e o condicionamento físico não é algo tão preocupante no começo. Basta que você inicie sua jornada com um trajeto curto e sem muitas ladeiras. Passe a pedalar com calma e aumente o tempo de exercícios aos poucos, para que você vá ganhando resistência, que fará com que o seu corpo não sinta demais os efeitos da atividade.
Esta prática traz inúmeros benefícios ao nosso corpo, como por exemplo o alívio do estresse e de tensões do cotidiano e o aumento da capacidade aeróbica. Com apenas 30 minutos de pedalada por dia, você auxilia na eliminação de gorduras localizadas, melhora o condicionamento físico e auxilia nos sistemas respiratório, cardíaco e vascular. Outros benefícios gerados por esta modalidade são a redução do colesterol e da pressão arterial, ajuda no controle do diabetes e da obesidade e o fortalecimento dos músculos dos membros inferiores.

Andar de bicicleta, sem sombra de dúvidas, é uma atividade muito prazerosa, porém antes de iniciar uma prática esportiva é sempre necessário uma avaliação médica, inclusive uma consulta com o cardiologista. Depois, para definir a intensidade e o volume da atividade é sempre necessário procurar um professor de educação física. Claro que isso é para aqueles que pretendem utilizar a bicicleta como prática diária de exercícios, ou seja, aqueles que tentarão melhorar suas valências físicas através da bicicleta.

Para aqueles que pretendem apenas passear e utilizar sua bike para algumas horas de lazer, uma consulta ao médico anualmente e a atenção aos cuidados necessários para essa prática já estão de bom tamanho. Pessoas de todas as idades podem andar de bicicleta, mas existem algumas restrições dependendo do caso, como por exemplo, as crianças e idosos, os quais podem praticar esse tipo de exercício, mas devem estar sempre acompanhados de um adulto.

Andar de bicicleta é atividade sensacional e, respeitando suas limitações, tanto crianças como adultos ou idosos podem praticar, sempre atentos à utilização dos equipamentos de segurança, como capacete, freios regulados, luzes de segurança (para atividades noturnas) e até mesmo retrovisores em alguns casos. Segurança é um fator fundamental.

Fica a dica: Não deixe seu espírito esportivo de lado. Ao invés de utilizar seu veículo para se locomover a locais próximos, utilize uma bicicleta. Além de uma atividade prazerosa e ótima para a saúde, você está ajudando um pouco mais o planeta. Incentive a atividade física e dê o exemplo às crianças. Andar de bicicleta cuida da sua saúde e da saúde do planeta. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Atividades físicas e alterações hormonais

A prática de atividades físicas promove melhorias através de diversos efeitos fisiológicos pelo nosso corpo. Durante e após os exercícios, as adaptações que surgem em nosso organismo facilitam o desempenho e o repouso. Essa é uma maneira do corpo suprir as próprias necessidades e se preparar para a próxima sessão de treinamento.

Podemos classificar essas adaptações em três níveis. No primeiro deles está as adaptações que ocorrem imediatamente após a sessão de treinamento, que é o efeito agudo imediato. A segunda adaptação é aquela que ocorre de 24 a 72 horas após a sessão de treinos, a qual chamamos de efeito agudo tardio. E por último, temos aquelas adaptações que ocorrem após a pratica frequente de atividades físicas e seu resultado aparece após uma frequência regular de treinamento, que é o efeito crônico.

As atividades físicas, quando praticadas regularmente, promovem alterações e adaptações significativas na secreção de alguns hormônios. Alguns dos hormônios que têm sua secreção alterada pelo exercício são o hormônio do crescimento, as catecolaminas, a insulina, o glucagon e a endorfina. Abaixo vamos conhecer um pouco de cada um.

Hormônio de Crescimento: Aumento na síntese protéica celular. Isso ocorre porque o hormônio do crescimento aumenta o transporte de aminoácidos através da membrana celular. Em consequência do aumento das proteínas e de um maior armazenamento de glicogênio no interior das células, estas aumentam em volume e em número. Portanto, observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e órgãos do nosso corpo.

Catecolaminas: Os níveis plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de maneira diferenciada durante o exercício. A atuação em conjunto destes dois hormônios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético é positivo no combate à obesidade.

Insulina e o glucagon: A diminuição dos níveis de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que em exercícios prolongados os resultados são melhores. Desta forma, o exercício torna-se importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon. Em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos. No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise (quebra de glicogênio para formar glicose) pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon.

Endorfina: Está relacionada à maior tolerância à dor, ao controle do apetite, à redução da ansiedade, da raiva e da tensão. No exercício aeróbico, a intensidade é o principal fator que estimula as elevações dos níveis plasmáticos. Já no exercício de resistência, sua liberação varia com o protocolo, sendo que maior duração e maiores intervalos de repouso entre as séries promovem melhores resultados.

Os exercícios promovem as alterações hormonais para que nosso corpo combata diversos tipos de problemas. Facilitando todos esses processos que acabamos de conhecer, é muito provável que ocorra uma diminuição considerável em variações com nosso estado hormonal e sua relação com a nossa saúde, e quando essas alterações já existem, a diminuição na utilização de fármacos é uma grande realidade para os praticantes de atividades físicas.

Fica a dica: Cuide da saúde com uma prática regular de exercícios. Além de combater diversos problemas hormonais, ele promove saúde, disposição e muito bem estar. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 18 de agosto de 2012

Atividades físicas e alterações hormonais

A prática de atividades físicas promove melhorias através de diversos efeitos fisiológicos pelo nosso corpo. Durante e após os exercícios, as adaptações que surgem em nosso organismo facilitam o desempenho e o repouso. Essa é uma maneira do corpo suprir as próprias necessidades e se preparar para a próxima sessão de treinamento. 

Podemos classificar essas adaptações em três níveis. No primeiro deles está as adaptações que ocorrem imediatamente após a sessão de treinamento, que é o efeito agudo imediato. A segunda adaptação é aquela que ocorre de 24 a 72 horas após a sessão de treinos, a qual chamamos de efeito agudo tardio. E por último, temos aquelas adaptações que ocorrem após a pratica frequente de atividades físicas e seu resultado aparece após uma frequência regular de treinamento, que é o efeito crônico. 

As atividades físicas, quando praticadas regularmente, promovem alterações e adaptações significativas na secreção de alguns hormônios. Alguns dos hormônios que têm sua secreção alterada pelo exercício são o hormônio do crescimento, as catecolaminas, a insulina, o glucagon e a endorfina. Abaixo vamos conhecer um pouco de cada um. 

Hormônio de Crescimento: Aumento na síntese protéica celular. Isso ocorre porque o hormônio do crescimento aumenta o transporte de aminoácidos através da membrana celular. Em consequência do aumento das proteínas e de um maior armazenamento de glicogênio no interior das células, estas aumentam em volume e em número. Portanto, observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e órgãos do nosso corpo. 

Catecolaminas: Os níveis plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de maneira diferenciada durante o exercício. A atuação em conjunto destes dois hormônios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético é positivo no combate à obesidade. 

Insulina e o glucagon: A diminuição dos níveis de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que em exercícios prolongados os resultados são melhores. Desta forma, o exercício torna-se importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon. Em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos. No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise (quebra de glicogênio para formar glicose) pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon. 

Endorfina: Está relacionada à maior tolerância à dor, ao controle do apetite, à redução da ansiedade, da raiva e da tensão. No exercício aeróbico, a intensidade é o principal fator que estimula as elevações dos níveis plasmáticos. Já no exercício de resistência, sua liberação varia com o protocolo, sendo que maior duração e maiores intervalos de repouso entre as séries promovem melhores resultados. 

Os exercícios promovem as alterações hormonais para que nosso corpo combata diversos tipos de problemas. Facilitando todos esses processos que acabamos de conhecer, é muito provável que ocorra uma diminuição considerável em variações com nosso estado hormonal e sua relação com a nossa saúde, e quando essas alterações já existem, a diminuição na utilização de fármacos é uma grande realidade para os praticantes de atividades físicas. 

Fica a dica: Cuide da saúde com uma prática regular de exercícios. Além de combater diversos problemas hormonais, ele promove saúde, disposição e muito bem estar. Saúde em primeiro lugar. 

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 11 de agosto de 2012

Michael Phelps: De atleta a mito!

O ano era 2000. Estávamos nos aproximando da mudança do século e muitas alterações eram prometidas para o futuro, mas foi em Sydney, na Austrália, durante os Jogos Olímpicos, que vimos surgir o grande nome do esporte mundial não só para o século XXI que se aproximava mas também o maior nome do esporte olímpico de todos os tempos. Surgia então o jovem nadador Michael Phelps.

Nos jogos de Sydney, o primeiro recorde de Phelps não foi tão badalado mundialmente, mas ele foi o americano mais jovem a competir nos Jogos Olímpicos. Aos 15 anos de idade ele se classificou para a prova de 200 metros nado borboleta, prova que ele fechou na quinta posição, tendo assim disputado a sua primeira final olímpica.

Aos olhos do mundo, a façanha do jovem nadador ainda não tinha sido tão importante, já que ele não venceu a etapa, porém, exatamente cinco meses após os jogos, em um campeonato mundial, o atleta de 15 anos e nove meses de idade tornou-se o nadador mais jovem da história a quebrar um recorde mundial. Ele venceu os 200 metros nado borboleta e superou o melhor tempo do mundo na prova.

A partir desse momento, Michael Phelps deixou de ser uma promessa e a cada dia se tornava um dos maiores ídolos da natação mundial. Com isso, cresciam também as expectativas sobre ele para os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. E Phelps chegou aos jogos em 2004 com um objetivo incrível, pois ele disputaria oito provas e tinha a oportunidade de superar o também nadador americano Mark Spitz, que em 1972 levou sete medalhas de ouro em uma edição de Jogos Olímpicos. Porém o objetivo do americano não se concretizou, mas foi por muito pouco, já que Michael Phelps levou seis ouros e mais duas medalhas de bronze, igualando apenas quatro ouros em provas individuais, marca que Spitz também havia conseguido. Além das medalhas, Phelps, que em 2004 tinha 19 anos, quebrou três recordes mundiais e mais dois recordes olímpicos.

O nadador americano não havia cumprido seu objetivo final e, embora tivesse conseguido muitas conquistas, Phelps sonhava em se tornar uma lenda. Assim, a preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 se iniciava com o sonho de superar Spitz em números de ouros em uma só edição dos Jogos.

Mais uma vez, Michael Phelps disputaria oito provas nos jogos, mas dessa vez com um final diferente. Ao final de sua participação, o nadador de 23 anos bateu o recorde de Mark Spitz. Em Pequim, Phelphs levou para casa oito medalhas de ouro, vencendo assim todas as provas que disputou, além de quebrar sete recordes mundiais e o recorde olímpico da oitava prova. Com esse feito extraordinário, ele somava na carreira a incrível marca de 14 medalhas de ouro e duas de bronze no seu currículo.

Aqueles que acreditavam que os objetivos de Phelps tinham acabado se enganaram, pois nos jogos de Londres, o atleta, agora com 27 anos, tinha mais um objetivo: se tornar o maior medalhista olímpico da história, já que a ginasta ucraniana Larissa Latynina conquistou, em três edições dos Jogos Olímpicos, 18 medalhas (sendo nove de ouro, cinco pratas e quatro bronzes). E foi exatamente o que aconteceu. Com quatro medalhas de ouro e duas medalhas de prata, Michael Phelps chegou a OLIMPO e passou então de atleta a MITO no mundo dos esportes.

Até o fim da edição desse texto, se Michael Phelps fosse um país na história dos Jogos Olímpicos Modernos, ele ocuparia o 39ª posição com 18 medalhas de ouro, duas medalhas de prata e duas medalhas de bronze, e ficaria à frente de vários países, inclusive na frente de Argentina e Portugal.
O esporte nos traz momentos espetaculares, recordes e façanhas admiráveis, mas poucas são as oportunidades de vermos homens e mulheres se transformarem em LENDAS. Michael Phelps se tornou o maior atleta olímpico da história, e lendas como essa temos poucas oportunidades de ver.

O rei Pelé, Michael Jordan, Larissa Latynina, entre outros, são alguns nomes que fizeram uma história maravilhosa, mas no ano de 2012 podemos acrescentar Michael Phelps à lista de mitos do esporte. E agora, quem será o próximo?


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sábado, 4 de agosto de 2012

China, potência olímpica e inspiração brasileira

O assunto da vez são os Jogos Olímpicos de Londres e quando analisamos a participação do Brasil, percebemos o quão distantes estamos de sermos chamados de um país olímpico. O Brasil tem nos jogos de Londres a chance de tornar essa a sua melhor participação entre todas as Olimpíadas, porém se os resultados forem os melhores possíveis estaremos anos-luz das maiores potências do esporte, que hoje são a China e os Estados Unidos.

Os Estados Unidos dominam com vitórias absolutas a maior parte dos Jogos e têm em seu arsenal de conquistas 2298 medalhas em 25 participações em jogos, das quais são 930 medalhas de ouro. Enquanto isso, a China vive outra história, com um total de 386 medalhas, das quais são 163 medalhas de ouro, porém com apenas oito participações em Olimpíadas, em dados contabilizados até a Olimpíada de Pequim em 2008. Analisando os dois países, observamos a diferença gigante de conquistas e participações e logo concluímos que os Estados Unidos fazem a história há muito tempo, enquanto a China começa a aparecer, e muito bem. Tão bem que em 2008, em Pequim, a China venceu as Olimpíadas com 100 medalhas, 51 medalhas de ouro, enquanto os Estados Unidos tiveram 110 medalhas, porém apenas 36 de ouro. Como na classificação as medalhas douradas valem mais, a China se sagrou, indiscutivelmente, a grande vencedora dos Jogos.

Mas como um país com poucas participações se torna essa potência e vence os Jogos Olímpicos?
Até as Olimpíadas de Los Angeles em 1984, a China era esportivamente insignificante. Um país sem medalhas olímpicas, sem títulos mundiais. Em 2008, nos Jogos de Pequim, massacrou o resto do mundo e liderou o quadro de medalhas. Não há limite para os investimentos e as ambições chinesas no esporte. O governo chinês está disposto a transformar o país na maior potência esportiva de todos os tempos. Não mede esforços e não escolhe modalidades para isso. Não há limites para a China. Milhões de crianças se dedicam ao esporte, dos mais aos menos populares. Muitas delas em centros de treinamento com rigidez militar, tratadas como robôs, quase escravas, e com métodos questionáveis. Entretanto, certa ou não, a política chinesa já dá resultados e conseguirá seu objetivo. Em pouco tempo, derrotar um chinês ou uma chinesa em qualquer competição será uma tarefa duríssima.

Os Estados Unidos lutam, nas Olimpíadas de Londres, para diminuir ou superar a delegação chinesa. Os americanos, que já investiam muito no esporte, se dedicaram ainda mais nos últimos quatro anos, principalmente em esportes menos difundidos no país para buscar resultados e conseguir tirar algumas das medalhas chinesas. Toda essa disputa esportiva e política só nos deixa a dúvida se em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, o Brasil também vai fazer bonito.

Esperar que o Brasil se torne o vencedor das Olimpíadas no Rio é um exagero sem tamanho. Mas podemos esperar mais medalhas, mais vitórias e talvez uma participação histórica?

No Brasil, a maior parte do investimento é destinada aos atletas de ponta. Porém, para chegar até esse ponto, o atleta precisa bancar todos os gastos até conseguir um resultado marcante. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) busca em especialistas as informações necessárias para transformar o Brasil em uma potência olímpica até 2016. Talvez seja tarde demais para acreditar neste sonho, até porque essa preocupação deveria ter sido o tema da preparação anos atrás. Um atleta necessita de muitos anos para uma preparação, que começa na infância com muito incentivo, fato esse que acontece com muito pouco apoio, e muito provavelmente a participação brasileira na Olimpíada do Rio estará muito longe de sagrar o Brasil como potência no esporte.

Fica a dica: Se a ideia principal é, assim como fez a China, chegar a resultados surpreendentes em uma edição olímpica, devemos primeiramente ‘copiá-los’na preparação e no investimento. A China iniciou esse processo há anos. Talvez o objetivo brasileiro fique apenas em realizar a melhor Olimpíada possível no Rio e realizar uma preparação desde agora visando especialmente os resultados para as Olimpíadas de 2020 e 2024, assim teremos o tempo necessário para transformar nosso esporte no mais competitivo possível.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.