domingo, 31 de julho de 2011

A importância do Alongamento e do aquecimento nas atividades físicas.

Normalmente em todos os tipos de atividades físicas é comum que os professores peçam para que os alunos realizem o alongamento e o aquecimento muscular, a dúvida que fica é até que ponto isso é uma necessidade e até que ponto é apenas um habito. Existe uma forma especifica de trabalhar o alongamento e o aquecimento e qual dessas duas práticas é a mais importante para nosso corpo.


Tanto na vida sedentária, quanto na pratica regular de atividades físicas intensas ocorre o encurtamento das fibras musculares, esse encurtamento gera a diminuição da flexibilidade e com isso a amplitude de movimentos diminui. Com o passar dos anos todos nós temos uma perda na elasticidade da musculatura esse é um processo absolutamente normal de nosso corpo durante o processo de envelhecimento. Baseado nisso analisamos a idéia do por que alongar e aquecer os músculos antes do exercício, para isso iremos entender o que cada um promove ao corpo.

O alongamento tem como meta o aumento da flexibilidade, esse aumento promove uma maior sustentação do corpo com as cargas diárias impostas e com isso a diminuição de dores em articulações e músculos mais frágeis. É muito importante alongar a musculatura antes e depois de qualquer atividade física mais intensa, preparando o corpo para as tarefas que serão exigidas. O alongamento auxilia no relaxamento da musculatura promovendo assim os seguintes fatores:

• Diminuição da tensão muscular

• Aumento da consciência corporal

• Movimentos mais soltos e leves

• Prevenção de lesões

• Ativam a circulação

Respeitar os limites do corpo é a primeira indicação para a prática de alongamento, aos poucos a melhora na flexibilidade facilita a amplitude dos movimentos. Introduzir o alongamento a sua rotina é o maior desafio para manter um corpo preparado e flexível. O alongamento deve ser gradativo, ou seja, aos poucos cada praticante irá perceber que as facilidades aumentam e para gerar a mesma tensão é necessário aumentar a amplitude do movimento isso já é um grau de melhora, mostra que o corpo vem passando por adaptações e já está mais flexível.
Conhecendo todo esse processo do alongamento cria-se uma duvida alongar antes do exercício tira necessidade do aquecimento?

Na realidade o aquecimento é muito benéfico ao nosso corpo, ele promove uma adaptação pré exercício deixando o nosso corpo em perfeito estado para o inicio das atividades. O aquecimento tem como meta o aquecimento corporal, elevando a temperatura do corpo e preparando o sistema cardiovascular e respiratório para o inicio das atividades. Com isso o aumento da irrigação sanguínea aumenta por todo o corpo e o corpo promove maior concentração de liquido sinovial nas articulações, facilitando a movimentação delas.

O aquecimento deve respeitar o principio da individualidade, que seria entender que cada pessoa é diferente uma da outra, portanto respeitar e individualizar o aquecimento especifico para cada um.
Existem algumas variáveis a serem respeitas são elas:

• Idade: com o passar dos anos o corpo demora mais tempo para adaptar-se ao exercício, por isso o aquecimento deve ser mais longo e gradativo para que o corpo aos poucos possa estar em estado ótimo para iniciar as atividades físicas.

• Período do dia: logo pela manhã o aquecimento deve ser mais longo e gradual. À tarde e a noite ele pode ser mais curto devido as adaptações ocorridas durante todo o dia.

• Tipo de treinamento: dependendo o tipo de atividade a ser realizada e o nível de aptidão física da pessoa o aquecimento deve ser mais ou menos intenso.

Respeitando essas variáveis concluímos que para um ótimo desempenho físico o alongamento e o aquecimento são indispensáveis.

Fica a dica: alongar e aquecer antes de toda atividade física deve fazer parte da sua rotina eles trazem benefícios para o corpo e para a realização dos exercícios. Cuidar do nosso corpo evitando dores e lesões é o primeiro passo para nosso completo bem estar, não se esqueça Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior
Formado em Educação Física na Universidade de Araraquara-Uniara
Pós graduado na Universidade Gama Filho em Atividade física adaptada e saúde
Professor na academia Saúde Activa

sábado, 23 de julho de 2011

Ser um atleta ou praticar um esporte, o que é mais saudável?

Sempre que tentamos visualizar um sinônimo para saúde, focamos na imagem de um super atleta, um super homem ou uma mulher maravilha. Atualmente, quando pensamos nisso, rapidamente nos vem à memória o nadador Cesar Cielo ou a saltadora Maurren Maggi, dois super atletas brasileiros campeões olímpicos. São nesses ícones que normalmente apoiamos a idéia de corpos perfeitos e uma saúde completa. Mas na realidade, esse assunto não é tão colorido como parece.

Quando citamos o esporte competitivo de alto nível, uma variável muito importante deve ser observada: manter esses atletas ao nível máximo durante tanto tempo é uma atividade de muito risco para o corpo. Se pensarmos apenas no comprometimento com o corpo e a parte locomotora, o atleta vive uma vida de lesões e desgastes e, com o envelhecimento, irão carregar sequelas que fogem do plano de vida considerado saudável.

O atleta sofre um apelo psicológico por resultados e isso acaba se tornando seu maior inimigo e seu maior incentivo. A busca por fama e reconhecimento acaba deixando seu foco na saúde do corpo absolutamente de lado. Quantas vezes ouvimos atletas dando entrevistas na TV, falando sobre lesões e o esforço para competir com elas? Há pouco tempo, durante entrevista coletiva que anunciava sua aposentadoria, o atacante Ronaldo Fenômeno confessou que jogou a maior parte de sua carreira com dores por todo o corpo, e mais, revelou que nenhum esportista passa sua carreira competindo sem dores. Essa é a única maneira que leva o atleta a ultrapassar os limites do corpo e se tornar um grande campeão.

O esportista tem como meta a vitória e a utilização máxima de suas capacidades, até muitas vezes ultrapassando esses limites, o que promove sérias alterações funcionais em seu corpo. São alterações muitas vezes prejudiciais, entretanto, devemos ressaltar que ser um atleta também não é sinônimo de péssima saúde. O que acontece na realidade é que antes de serem os atletas que são, eles ainda são seres humanos, que trazem consigo uma história genética. Sendo assim, caso existisse uma possibilidade de desenvolver algum quadro patológico, a cobrança exagerada em treinamentos e competições pode sim acelerar esse processo.

Não existe maneira de controlar a sobrecarga no esporte de alto rendimento. O atleta, além do envolvimento profissional, possui o envolvimento emocional e, se por algum motivo é limitado por uma alteração patológica, ele não poderá praticar o esporte, já que não teria controle sobre suas capacidades. Essa prática poderia, inclusive, levá-lo a óbito, como vimos em alguns atletas como o jogador de futebol Serginho, do São Caetano, que faleceu durante uma partida. Claro que ele já possuía uma alteração patológica e até hoje existem diversas teorias sobre se ele deveria ou não ter sido liberado para jogar, mas a verdade é que seu quadro clínico e sua rotina excessiva de treinos e competições o prejudicaram muito nesse aspecto.

A prática saudável de atividades físicas deve conter uma rotina que beneficie seu corpo e sua mente. O exercício, além de aumentar sua auto-estima, aliviando o stress, deve ser passado na dose correta. Ele deve sim exigir do corpo aquilo que podemos oferecer pelo nosso histórico de treinamento e jamais esgotar totalmente nossas energias. O exercício deve cobrar o desempenho que podemos oferecer e ainda deixar energia para nossas outras atividades diárias.

Atividades físicas não devem ser estressantes. Toda atividade que gera muito estresse acaba prejudicando o rendimento e a saúde. Se o seu objetivo é manter a saúde em dia, procure um professor de educação física e escolha uma atividade física prazerosa, que pode ser a modalidade que você preferir, desde que após essa escolha, tenha uma dedicação sem exageros e sem ambição por grandes resultados.

Lembre-se que quando falamos em alto rendimento, a prática esportiva nunca é prazerosa. Mas não se engane! Antes de praticar qualquer atividade física, procure seu médico e converse com ele, afinal, estar ciente do seu estado de saúde é o primeiro passo para uma vida saudável e, depois disso, é só curtir sua rotina esportiva em busca de qualidade de vida.

Fica a dica: Atleta busca resultados e fama e para ele o esporte não é tão saudável. Os seus resultados e sua fama devem ser sempre a saúde do seu corpo. Isso sim é esporte, isso sim é saúde. Saúde em Primeiro Lugar!



Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Musculação para crianças:Quebrando mitos

Talvez os maiores tabus existentes na historia da educação física girem em torno das seguintes questões: Musculação ou treinamento resistido é recomendado para crianças? A partir de qual idade pode-se praticar musculação? Quais seriam os danos que essa prática pode causar?

Não tem jeito, essas perguntas perseguem os professores de educação física! Muito pior que isso acontece quando outros profissionais acabam meio que respondendo a essas perguntas sem um embase científico necessário. Isso acaba criando alguns paradigmas e, para quebrá-los, iremos entender como funciona a musculação e sua influência sobre os jovens praticantes.

A musculação não é bem uma modalidade desportiva e sim uma forma de treinamento físico. Vale ressaltar que é uma atividade com os riscos de lesões muito reduzidos. Talvez o maior de todos os argumentos gerados seja a influência do treinamento resistido no crescimento, ou seja, muitos acreditavam que durante o processo de desenvolvimento, o trabalho com cargas poderia afetar ou lesionar de alguma maneira as epífises ósseas (extremidades dos ossos). Isso levaria a crer que esse tipo de treinamento criava um efeito compressivo que abalaria o crescimento da criança.

Esse tabu já foi absolutamente removido nos dias atuais. Diversos estudos mostram que a musculação aumenta a produção de GH, o hormônio do crescimento, ajudando no desenvolvimento longitudinal. Obviamente que, se tratando de crianças, alguns cuidados específicos devem tomados. Para essa prática, é necessário que a criança já tenha um controle motor mais equilibrado, portanto uma idade legal para que a criança consiga realizar os movimentos corretamente seja a partir dos oito anos de idade. Um treinamento com excesso de carga pode sim prejudicar o seu desenvolvimento. Por ela estar se desenvolvendo, ela ainda tem os ossos 'moles' e uma carga exagerada pode causar deformações. Em contrapartida, cargas corretas e aplicadas adequadamente influenciam diretamente no equilíbrio muscular, coordenação motora, além de melhorar o condicionamento. Um fato importante é que essa prática também ajuda no controle do peso corporal, já que o aumento de massa magra gera também um aumento no gasto energético, proporcionando um controle do peso corporal mais facilitado.

Além disso, a criança que consegue desenvolver uma coordenação motora, além de aumentar o equilíbrio muscular, estará de certa maneira se prevenindo de algumas lesões articulares que podem acontecer em algumas quedas oriundas de diversos tipos de brincadeiras como subir e descer de árvores, pega-pega, jogar bola, entre outras. Essas atividades, na verdade, geram ainda mais riscos à criança do que a prática de musculação.

Alem disso, essas brincadeiras citadas vem diminuindo muito com o passar dos anos. A cada dia, o sedentarismo aumenta mais e mais em meio a criançada. Com as cidades cada vez mais desenvolvidas e a violência aumentando, os pais preferem que os filhos fiquem em casa, em frente à televisão, vídeo-game e computadores, ao invés de brincar pelas ruas como há anos atrás. Esse aumento do sedentarismo é muito prejudicial à criança, que acaba tendo um desenvolvimento motor reduzido, e com isso, as capacidades físicas acabam que não se desenvolvendo como poderiam, aumentando os níveis de obesidade e desencadeando outros problemas futuros. Exatamente nesse ponto que alguns pais procuram as academias, para que essa vida totalmente sedentária seja deixada de lado.

Já conseguimos entender que musculação não é só para adultos e que não faz mal algum ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, obviamente que ela deve ser trabalhada por profissionais sérios e bem preparados. Vimos também que os benefícios são inúmeros e que cada vez mais crianças praticam esse tipo de atividade e isso é muito bom, já que com o aumento desse mercado, cada vez mais os profissionais terão que estar preparados para atender esse novo grupo de alunos.

Hoje considero que a maior dificuldade para as academias não é prescrever o treinamento e sim conquistar a criança nesse espaço, afinal elas gostam do lúdico, ou seja, de brincadeiras. Por isso, as atividades voltadas para a infância devem conter momentos de distração que cobrem delas as melhorias nas capacidades físicas. Portanto, atualmente, o maior empecilho de todos os profissionais é conseguir gerar motivação aos seus aluninhos, mas com certeza em breve veremos nas academias verdadeiras brinquedotecas, pois a cada dia as academias estarão mais preparadas para atender as crianças, tanto no aspecto de treinamento ideal quanto no aspecto motivacional.

Fica a dica: musculação não faz mal algum em nenhuma idade! Ela deve ser imposta com responsabilidade e conhecimento científico, por um professor preparado e atualizado. Se esses fatores estiverem corretos, não se preocupe: seu filho estará em um ótimo caminho. Saúde em primeiro lugar.


Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A hidratação ideal para as atividades físicas

Conhecer a importância da hidratação é fundamental para nossa saúde. Quando o assunto é relacionado às atividades físicas, aumentamos ainda mais essa necessidade de compreender o que devemos utilizar durante essa prática.

Quando realizamos atividades físicas, nosso corpo passa por alterações fisiológicas que servem para evitar a perda excessiva de água e para a manutenção térmica do corpo. Devemos repor o que perdemos com a transpiração e a urina. No exercício, essa necessidade de hidratação se torna ainda mais evidente.

Nos exercícios, a perda de eletrolíticos junto à transpiração é muito maior, por isso, devemos conhecer primeiramente os problemas decorrentes da desidratação, que podem ser percebidos com alguns sintomas como:

• Menor disposição;

• Câimbras Musculares;

• Perda de coordenação;

• Diminuição do Desempenho;

Sobre a questão hidratação, a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte recomenda alguns procedimentos:

• Suporte adequado de líquidos em um período de 24h que antecede uma atividade física;

• Consumo 250 a 500 ml de água 2h antes do início do exercício físico;

• Durante o exercício: iniciar a ingestão de líquidos nos primeiros 15 minutos e continuar a cada 20 minutos;

• Incluir bebidas isotônicas quando o tempo de atividade for maior do que 60 min.

Na realidade, existem vários tipos de líquidos a serem utilizados e, como bem sabemos, cada um oferece uma resposta diferente ao organismo. Podemos citar bebidas como:

• Refrigerantes - Não possuem nutrientes a mais para o corpo. São bebidas gaseificadas, o que pode causar desconfortos intestinais. Por possuir absorção mais lenta, chamamos esses de alimentos de “calorias vazias”, pois não são ideais para hidratação.

• Bebidas Energéticas - São bebidas estimulantes, que contém substâncias como vitaminas, aminoácidos, cafeína, entre outros. Essas substâncias ampliam o efeito diurético, que aumenta o volume e diminui a concentração da urina.

• Água de Coco - Isotônico natural, de baixa caloria e elevado teor nutricional. Apresenta, em sua composição, vários eletrólitos como sódio, potássio, fósforo e cloro, por isso possibilita uma absorção mais rápida, recuperando as perdas dos minerais. Excelente alternativa para a hidratação.

• Bebidas Isotônicas - São usadas principalmente para repor água e sais minerais perdidos pela transpiração. São bebidas isotônicas o soro caseiro, a água de coco, além de alguns industrializados como o Gatorade, que pode ser consumido por praticantes de atividade física, mas não são recomendados a gestantes, lactantes, hipertensos, diabéticos, celíacos e pessoas com doenças renais.

A hidratação após o exercício atua no reequilíbrio hídrico e na temperatura central, por isso tanto a hidratação quanto a reposição de eletrólitos perdidos pelo suor são fundamentais durante o processo de recuperação após o exercício em que ocorreu grande perda de suor.

A água é muitas vezes contestada por não repor o sódio e todos os eletrolíticos necessários, porém, ainda assim defendo que, para a hidratação, a água é a mais indicada, por ser abundante e de fácil acesso dentre todas as opções. Portanto, sempre que for treinar, siga à risca essas dicas. Leve sua GARRAFINHA, pois com ela você cuidará da hidratação ideal para seu corpo, padronizando um nível de saúde ainda mais excelente, e ainda protege o meio ambiente, evitando a utilização de copos descartáveis, que são usados desnecessariamente de maneira abundante. Assim você cuida da saúde do corpo e também do planeta. Saúde em primeiro lugar.



Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.