Quando falamos de um processo de emagrecimento, o maior mito que enfrentamos é o de utilizar a musculação como exercício em uma periodização onde o objetivo é emagrecer. Acredita-se fielmente que é impossível emagrecer com musculação, já que esta atividade enaltece o ganho de músculos. Analisando superficialmente, podemos até concordar que se o objetivo é emagrecer, devemos realizar exercícios que não tenham como finalidade aumentar a massa magra. Porém o processo de emagrecimento é muito mais complexo que isso e vamos entender por quê.
O primeiro passo no processo de emagrecimento é uma avaliação física, que irão revelar alguns resultados que ajudarão a montar a melhor estratégia para o processo de emagrecimento. É muito importante conhecer a quantidade de gordura corporal, quantidade de massa magra, índice de massa corporal (IMC), a porcentagem de gordura corporal, o VO2 máximo (nível de condicionamento físico) e, sem dúvidas, algumas circunferências como cintura, quadril, abdômen, coxa, tórax, braço entre outras que irão ajudar a controlar os resultados, sem falar no peso, é claro.
A partir desse momento, temos dois episódios deste processo. O primeiro é a diminuição do peso corporal, que pode ser constatado facilmente. Basta subir na balançar e observar se o peso diminuiu. O segundo episódio e mais importante só é averiguado com outra avaliação física e, nesta segunda parte, é imprescindível analisar se diminuíram ou aumentaram os índices avaliados anteriormente.
Em um processo de emagrecimento coerente é fundamental diminuir a porcentagem de gordura corporal, o que acontece com a redução da gordura corporal ou com o ganho de massa magra. Um resultado ainda mais eficaz acontece quando temos essas duas situações acontecendo juntas. Em muitos casos, quando analisamos apenas a balança como parâmetro, corremos o risco de ter um emagrecimento por diminuição da massa magra. Este pode ser um fator muito ruim, porque com isso aumentamos a porcentagem de gordura corporal, aumentando ainda mais os riscos de algumas doenças. E por isso precisamos entender a importância da musculação no processo de emagrecimento.
As explicações para isto se devem ao fato de que a prática da musculação produz maiores gastos calóricos e aumento na atividade metabólica de repouso, ou seja, os processos pós-exercício aceleram o metabolismo durante horas. Outro ponto é o ganho de massa muscular. O aumento de massa muscular liga-se de forma intensa à ampliação da taxa metabólica basal, a quantidade calórica ou energética que o corpo utiliza durante o repouso, para o funcionamento de todos os órgãos, por exemplo, o coração, cérebro, pulmões e intestino. O exercício é indicado também na prevenção e combate da osteoporose, pois estimula a produção de massa óssea.
Obviamente que, em um processo de emagrecimento, a dieta alimentar é necessária, tornando o resultado mais rápido. Sem dúvida, o melhor que se tem a fazer é associar a dieta aos exercícios aeróbios, à musculação e aos alongamentos, num programa adequado as suas necessidades, biótipo e condicionamento físico, tornando indispensável uma avaliação e acompanhamento de profissionais como nutricionistas, professores de educação física e médicos.
Fica a dica: A atuação multidisciplinar facilita muito a obtenção de ótimos resultados no processo de emagrecimento. Já sabemos que ganhar músculos e diminuir a gordura corporal são duas ferramentas indispensáveis neste procedimento. A dieta é o carro chefe desse processo que conta com o auxílio dos exercícios físicos como forma de gastar o maior número possível de calorias no dia-a-dia.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor
na academia Saúde Activa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário