Um dos problemas relacionados à saúde que mais atinge os brasileiros hoje em dia é o chamado AVC ou AVE, mais conhecido como derrame cerebral, que é decorrente de um entupimento ou rompimento de um vaso sanguíneo cerebral.
Para entendermos as causas de um AVC, devemos primeiramente separar quatro fatores importantes, sendo eles:
• Trombo é um coagulo de sangue, que se localiza dentro dos vários vasos sanguíneos, aderido às paredes do mesmo, causando um entupimento. O entupimento pode ser total ou parcial e chamamos isso de trombose.
• Embolo é quando um trombo se solta e viaja pela corrente sanguínea até encontrar um vaso sanguíneo com o calibre menor que o embolo. Quando o vaso é obstruído por um embolo, temos então uma embolia.
• Isquemia é a falta de suprimento de sangue em algum tecido orgânico. Toda vez que a circulação não é suficiente para o funcionamento das células, ocorre a isquemia, que é um processo reversível se tratado a tempo.
• Infarto é a morte da célula por uma isquemia prolongada. Ocorre em geral em razão da obstrução da artéria por um trombo ou por um embolo.
Existem dois tipos de AVC. São eles:
AVC isquêmico é o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
• Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
• Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
• Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.
AVC hemorrágico é o acidente vascular cerebral menos comum, presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento intraparênquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:
• O sangramento intraparênquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-Burchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da substância branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.
• A hemorragia subaracnóide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais (defeito ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo.
Os maiores fatores de risco do AVC são:
• Tabagismo
• Hipertensão arterial
• Tendência genética
• Obesidade
• Diabetes
• Colesterol
• Consumo excessivo
• Bebidas alcoólicas
• Doenças cardíacas.
O exercício físico pode ajudar, e muito, na prevenção do AVC. À partir do momento em que um indivíduo adere às praticas diárias de atividades físicas, ele está combatendo os principais fatores que levam ao AVC.
O exercício aumenta exponencialmente o gasto calórico, auxiliando muito o processo de emagrecimento e ajudando a evitar a obesidade. O exercício também aumenta a irrigação sanguínea e, para isso, ocorre uma maior vasodilatação nos vasos sanguíneos e artérias, controlando com mais eficiência a hipertensão arterial e o aumento da circulação. A utilização dos substratos como fontes energéticas diminui também a concentração de colesterol e trigleceres na corrente sanguínea.
Sendo assim, o exercício promove uma melhor qualidade de vida. Para quem já sofreu um AVC, os exercícios realizados com um fisioterapeuta e mais à frente com um professor de educação física, auxiliam a recuperação da força, flexibilidade, condicionamento físico e de alguns movimentos que podem ser comprometidos após o AVC.
Fica a dica: o exercício físico promove uma segurança maior tanto no combate ao AVC como também na recuperação, por isso siga como uma vida mais plena e saudável. Cuide de sua saúde sempre. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
Objetivo principal do Blog é apresentar ideias e conceitos de Atividade Física, demonstrar e explicar a importância de cada elemento, em cada modalidade de uma maneira especifica. A ideia principal é construir o que poderíamos chamar de um padrão essencial para uma ótima pratica de exercícios.
sábado, 29 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
Caminhar, correr ou aulas de jump:Qual desses exercícios é mais eficaz?
Esta é mais um dúvida muito frequente entre os praticantes de atividades físicas. A questão envolvendo a eficácia do exercício realizado é constante, e não adianta os professores responderem que não existem exercícios melhores ou mais eficazes, pois o que existem são diferenças nos objetivos e na atuação muscular e fisiológica de cada atividade. Todos os praticantes de atividades físicas, quando ouvem algo do tipo, acabam sentindo uma dúvida que não foi definitivamente esclarecida. Para entender um pouco mais, primeiro devemos conhecer as modalidades.
A caminhada é considerada ideal para aquela pessoa sedentária que resolveu começar uma atividade física. Há diversos benefícios. sendo eles:
• A caminhada aliada a uma boa alimentação pode ajudar a emagrecer, já que é um exercício aeróbio. Queima calorias e, consequentemente, ajuda no controle do peso.
• Auxilia no controle do colesterol e da diabete, pois propicia um melhor condicionamento cardiovascular.
• As atividades físicas tornam os ossos mais fortes, já que o grande trabalho se dá nos membros inferiores que sustentam todo o peso do corpo.
• A caminhada contribui para estimular os pulmões e isso, juntamente com outros benefícios, melhora o condicionamento físico e, por consequência, melhora a respiração.
• Aumenta a circulação do sangue, o que contribui para o controle da hipertensão arterial e também para diminuição do risco de varizes.
• A caminhada, assim como a maioria das atividades físicas, pode contribuir para uma boa noite de sono, inclusive para as pessoas que possuem problemas de insônia.
A corrida pode ser feita na esteira da academia ou ao ar livre. Basta prestar atenção nos parques e nas ruas da cidade e ver a quantidade de pessoas que já aderiram ao esporte. Veja os benefícios que ela proporciona ao organismo:
• O coração se torna mais eficiente e bombeia mais sangue com menos batidas.
• Estimula a formação de massa óssea, aumentando a densidade óssea e evitando problemas como a osteoporose.
• Diminui a pressão arterial, estimulando a vasodilatação, o que reduz a resistência para a circulação do sangue.
• Quanto maior a intensidade da corrida, maior a queima calórica e de gordura, diminuindo níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose.
• Melhora a resistência muscular e também a queima de gordura dos tecidos musculares.
• Torna a cartilagem das articulações mais espessa, protegendo melhor essas regiões.
O jump é uma atividade aeróbica que aumenta a resistência cardiorrespiratória. Realizado freqüentemente nas academias como uma das modalidades das aulas de ginástica aeróbica, sobre um mini-trampolim (ou seja, uma mini cama elástica), o jump consiste em realizar diferentes tipos de movimentos, como saltar e correr, em ritmos e intensidades variáveis. Os benefícios dessa atividade são:
• Fortalecer o sistema cardiorrespiratório e a resposta hemodinâmica, por aumentar o bombeamento sanguíneo durante os exercícios, melhorando a circulação;
• Melhora a composição corporal através da modificação do perfil de lipídeo sanguíneo e do alto gasto calórico;
• Melhora da circulação sanguínea e do sistema linfático, contribuindo para o combate a celulite;
• Baixo risco de lesões; pois o mini-trampolim pode diminuir em até 20% o impacto em relação ao chão.
• Fortalecimento do aparelho motor, em especial o de sustentação;
• Auxílio na prevenção de osteoporose.
Quando analisamos os benefícios de cada uma das atividades, reparamos que são muito parecidas. Todas buscam aumentar o gasto calórico e, com isso, melhoram a composição corporal, aumentam a resistência, melhoram o trabalho cardiovascular, fortalecem a musculatura e auxiliam no aumento de massa óssea. Mas ainda nos resta a duvida, qual destas atividades físicas é a mais eficiente?
E a resposta é o que acabamos de explicar, dependendo do condicionamento físico de cada um, o professor de educação física deve orientar em qual atividade começar. A vantagem que as aulas de jump levam sobre a caminhada e a corrida é que, por serem aulas de ginástica, normalmente são coreografadas e acabam se tornando uma atividade física um pouco mais divertida. Porém, acredite, são três ótimas modalidades que podem ser realizadas no mesmo planejamento, alternando os dias e sempre visando todos os benefícios citados.
Fica a dica: Caminhada, corrida e aulas de jump são três modalidades diferentes com objetivos semelhantes, por isso, ao invés de defender apenas uma, experimente todas e tenha uma variação ainda mais eficaz para seu treinamento. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
A caminhada é considerada ideal para aquela pessoa sedentária que resolveu começar uma atividade física. Há diversos benefícios. sendo eles:
• A caminhada aliada a uma boa alimentação pode ajudar a emagrecer, já que é um exercício aeróbio. Queima calorias e, consequentemente, ajuda no controle do peso.
• Auxilia no controle do colesterol e da diabete, pois propicia um melhor condicionamento cardiovascular.
• As atividades físicas tornam os ossos mais fortes, já que o grande trabalho se dá nos membros inferiores que sustentam todo o peso do corpo.
• A caminhada contribui para estimular os pulmões e isso, juntamente com outros benefícios, melhora o condicionamento físico e, por consequência, melhora a respiração.
• Aumenta a circulação do sangue, o que contribui para o controle da hipertensão arterial e também para diminuição do risco de varizes.
• A caminhada, assim como a maioria das atividades físicas, pode contribuir para uma boa noite de sono, inclusive para as pessoas que possuem problemas de insônia.
A corrida pode ser feita na esteira da academia ou ao ar livre. Basta prestar atenção nos parques e nas ruas da cidade e ver a quantidade de pessoas que já aderiram ao esporte. Veja os benefícios que ela proporciona ao organismo:
• O coração se torna mais eficiente e bombeia mais sangue com menos batidas.
• Estimula a formação de massa óssea, aumentando a densidade óssea e evitando problemas como a osteoporose.
• Diminui a pressão arterial, estimulando a vasodilatação, o que reduz a resistência para a circulação do sangue.
• Quanto maior a intensidade da corrida, maior a queima calórica e de gordura, diminuindo níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose.
• Melhora a resistência muscular e também a queima de gordura dos tecidos musculares.
• Torna a cartilagem das articulações mais espessa, protegendo melhor essas regiões.
O jump é uma atividade aeróbica que aumenta a resistência cardiorrespiratória. Realizado freqüentemente nas academias como uma das modalidades das aulas de ginástica aeróbica, sobre um mini-trampolim (ou seja, uma mini cama elástica), o jump consiste em realizar diferentes tipos de movimentos, como saltar e correr, em ritmos e intensidades variáveis. Os benefícios dessa atividade são:
• Fortalecer o sistema cardiorrespiratório e a resposta hemodinâmica, por aumentar o bombeamento sanguíneo durante os exercícios, melhorando a circulação;
• Melhora a composição corporal através da modificação do perfil de lipídeo sanguíneo e do alto gasto calórico;
• Melhora da circulação sanguínea e do sistema linfático, contribuindo para o combate a celulite;
• Baixo risco de lesões; pois o mini-trampolim pode diminuir em até 20% o impacto em relação ao chão.
• Fortalecimento do aparelho motor, em especial o de sustentação;
• Auxílio na prevenção de osteoporose.
Quando analisamos os benefícios de cada uma das atividades, reparamos que são muito parecidas. Todas buscam aumentar o gasto calórico e, com isso, melhoram a composição corporal, aumentam a resistência, melhoram o trabalho cardiovascular, fortalecem a musculatura e auxiliam no aumento de massa óssea. Mas ainda nos resta a duvida, qual destas atividades físicas é a mais eficiente?
E a resposta é o que acabamos de explicar, dependendo do condicionamento físico de cada um, o professor de educação física deve orientar em qual atividade começar. A vantagem que as aulas de jump levam sobre a caminhada e a corrida é que, por serem aulas de ginástica, normalmente são coreografadas e acabam se tornando uma atividade física um pouco mais divertida. Porém, acredite, são três ótimas modalidades que podem ser realizadas no mesmo planejamento, alternando os dias e sempre visando todos os benefícios citados.
Fica a dica: Caminhada, corrida e aulas de jump são três modalidades diferentes com objetivos semelhantes, por isso, ao invés de defender apenas uma, experimente todas e tenha uma variação ainda mais eficaz para seu treinamento. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
sábado, 15 de outubro de 2011
Exercícios proprioceptivos na atividade física
Um tema que vem sendo abordado nos últimos anos, tanto pela educação física quanto pela fisioterapia, é a utilização de exercícios de propriocepção para diferentes tipos de metodologias de treinamento e recuperação, que podem ser usados em treinos específicos de esportes, para recuperação de lesões, para melhora em trabalhos de coordenação, em treinamento de grupos especiais e diversos outros objetivos.
Propriocepção é a capacidade em reconhecer, sem o uso da visão, a localização espacial do corpo, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais. Levante uma das pernas e feche os olhos: você está utilizando a propriocepção! Desenvolvendo-a, melhoramos a consciência corporal, o equilíbrio e a postura, o que por sua vez facilita a execução de qualquer movimento e torna mais eficiente a atividade, além de reduzir a incidência de lesões articulares.
Os exercícios de propriocepção são também denominados como cinestesia, que é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo. Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas.
Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno. Segundo a teoria das múltiplas inteligências, a inteligência corporal-cinestésica refere-se às habilidades que atletas e artistas (especialmente dançarinos) desenvolvem para a coordenação desejada de movimentos precisos necessários para a execução de sua técnicas.
Os proprioceptores são órgãos sensitivos localizados nos músculos, tendões e ligamentos. Eles recebem e transportam para o sistema nervoso central as informações sobre tensões, pressões ou distensões nas variadas partes do corpo, para que o cérebro decida como reagir e manter o equilíbrio.
Os exercícios proprioceptivos devem ser utilizados como treino complementar para base de qualquer atividade e esporte praticado, inclusive devem ser orientados para os alunos iniciantes.
Alguns dos sensores responsáveis são:
• Órgãos tendinosos de Golgi - sensíveis à tração exercida nos tendões indicando a força que está sendo exercida sobre a musculatura, impedindo lesões.
• Fusos musculares - responsáveis pelo comprimento da fibra muscular no repouso (postura) e durante o movimento.
• O labirinto - localizado no ouvido, é sensível a alterações da cabeça no sentido vertical e horizontal. Também atua na identificação da posição de todo o corpo, permitindo que alguém saiba se está deitado, em pé ou em qualquer outro posicionamento espacial.
Os objetivos dos exercicios de propiocepção podem ser divididos em quatro segmentos de treinamento, sendo eles:
• Fortalecimento: Os exercícios são específicos para fortalecer os tendões e ligamentos;
• Resistência: Aumentando a resistência. A execução dos movimentos fica mais preciso, ou seja, mais econômico;
• Equilíbrio: Os exercícios estimulam os receptores que percebem a posição do corpo. Também acostumam o cérebro a reagir mais rápido a um desequilíbrio;
• Prevenção de lesões: As chances de lesão diminuem porque os tendões e ligamentos ficam mais fortes e porque os reflexos e o equilíbrio melhoram.
Entender a importância do trabalho proprioceptivo é analisar e prescrever um treinamento que tenha como objetivo a preservação do aluno, atleta ou paciente. Preservar a saúde do corpo é preservar a integridade de cada indivíduo.
Fica a dica: Exercícios de propriocepção são fundamentais em qualquer nível de treinamento. Enriqueça sua metodologia abordando da melhor maneira possível esse tipo de exercício.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
Blog: http://juniorbraz personal.blogspot.com
Propriocepção é a capacidade em reconhecer, sem o uso da visão, a localização espacial do corpo, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais. Levante uma das pernas e feche os olhos: você está utilizando a propriocepção! Desenvolvendo-a, melhoramos a consciência corporal, o equilíbrio e a postura, o que por sua vez facilita a execução de qualquer movimento e torna mais eficiente a atividade, além de reduzir a incidência de lesões articulares.
Os exercícios de propriocepção são também denominados como cinestesia, que é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo. Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas.
Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno. Segundo a teoria das múltiplas inteligências, a inteligência corporal-cinestésica refere-se às habilidades que atletas e artistas (especialmente dançarinos) desenvolvem para a coordenação desejada de movimentos precisos necessários para a execução de sua técnicas.
Os proprioceptores são órgãos sensitivos localizados nos músculos, tendões e ligamentos. Eles recebem e transportam para o sistema nervoso central as informações sobre tensões, pressões ou distensões nas variadas partes do corpo, para que o cérebro decida como reagir e manter o equilíbrio.
Os exercícios proprioceptivos devem ser utilizados como treino complementar para base de qualquer atividade e esporte praticado, inclusive devem ser orientados para os alunos iniciantes.
Alguns dos sensores responsáveis são:
• Órgãos tendinosos de Golgi - sensíveis à tração exercida nos tendões indicando a força que está sendo exercida sobre a musculatura, impedindo lesões.
• Fusos musculares - responsáveis pelo comprimento da fibra muscular no repouso (postura) e durante o movimento.
• O labirinto - localizado no ouvido, é sensível a alterações da cabeça no sentido vertical e horizontal. Também atua na identificação da posição de todo o corpo, permitindo que alguém saiba se está deitado, em pé ou em qualquer outro posicionamento espacial.
Os objetivos dos exercicios de propiocepção podem ser divididos em quatro segmentos de treinamento, sendo eles:
• Fortalecimento: Os exercícios são específicos para fortalecer os tendões e ligamentos;
• Resistência: Aumentando a resistência. A execução dos movimentos fica mais preciso, ou seja, mais econômico;
• Equilíbrio: Os exercícios estimulam os receptores que percebem a posição do corpo. Também acostumam o cérebro a reagir mais rápido a um desequilíbrio;
• Prevenção de lesões: As chances de lesão diminuem porque os tendões e ligamentos ficam mais fortes e porque os reflexos e o equilíbrio melhoram.
Entender a importância do trabalho proprioceptivo é analisar e prescrever um treinamento que tenha como objetivo a preservação do aluno, atleta ou paciente. Preservar a saúde do corpo é preservar a integridade de cada indivíduo.
Fica a dica: Exercícios de propriocepção são fundamentais em qualquer nível de treinamento. Enriqueça sua metodologia abordando da melhor maneira possível esse tipo de exercício.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
Blog: http://juniorbraz personal.blogspot.com
domingo, 9 de outubro de 2011
A importância do técnico no rendimento do atleta ou da equipe esportiva
Em todos os esportes, o atleta ou a equipe possui um treinador e é comum a imprensa e principalmente os torcedores fazerem uma avaliação de que esse profissional tem papel fundamental nos resultados. Essa dúvida acaba gerando discussões gigantescas.
Em alguns esportes, normalmente nos esportes coletivos, o técnico acaba trabalhando com uma equipe multidisciplinar, como é caso, por exemplo, do basquete, voleibol e futebol. Nestes esportes quando falamos de alto rendimento, as equipes contam com vários profissionais para gerar o melhor resultado possível. Vemos nessas equipes multidisciplinares profissionais como preparadores físicos, fisiologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, médicos, entre outros. Tudo isso para gerar o melhor e mais preparado ambiente possível ao atleta. Neste tipo de segmento, o técnico acaba que tomando conta mais da parte técnica e tática, porém sendo o responsável direto pelo sucesso ou não de toda a equipe.
Quando falamos de um atleta individual ou de esportes menos badalados, muitas vezes o técnico é responsável pela parte técnica e tática e também pela preparação física, e na maioria das vezes não tem uma equipe multidisciplinar para auxiliá-lo. Quando tem, ela não é composta de tantos profissionais assim.
Entretanto, alguns fatores serve para todo técnico independente da modalidade, que deve analisar alguns aspectos como:
• Fazer com que seus atletas apreciem o treino, tornando-o agradável e produtivo;
• Ser objetivo na escolha dos exercícios de treinamentos e manter em atividade todos os atletas durante o treinamento;
• Ser bastante claro em suas explicações, mantendo o diálogo sempre aberto, em todos os níveis;
• Embora seja obrigado a falar muito, deverá ESCUTAR sempre;
• Observar e corrigir imediatamente quaisquer erros apresentados;
• Ter cuidado com o lado emocional, procurando sempre usar a razão. Não exagerar nas correções. Ser paciente e não criticar seus atletas em público;
• O resultado dos testes e a análise das planilhas dos treinos e jogos são a bússola que determinará os elementos positivos e negativos do seu programa de treinamento;
• Por fim, atualizar constantemente seus conhecimentos técnicos e táticos.
Nos esportes coletivos, muitas vezes culpamos o treinador pelo desempenho negativo de uma equipe, porém raramente damos os méritos necessários quando a equipe se consagra vitoriosa. Trata-se de uma falha, pois é muito mais fácil definirmos o técnico como culpado por um erro de posicionamento em uma jogada, pela falta de entrosamento e na maioria das vezes por algumas substituições que não surtiram efeito ou acabaram prejudicando o rendimento da equipe.
Nos esportes individuais, as criticas aos técnicos são menos comuns, porém os créditos são ainda menos reconhecidos, isso por que uma analise de todo o planejamento de treinos nunca é feita e apenas o desempenho em determinada competição é avaliado.
Podemos citar alguns casos de esportes diferentes em que o técnico é ou não colocado como responsável pelo desempenho, seja ele positivo ou negativo.
Nos últimos dias, uma notícia muito boa para o esporte brasileiro foi a classificação da nossa seleção de basquete para as Olimpíadas de Londres no ano que vem. O basquete nacional masculino não participa da competição desde 1996 em Atlanta, ou seja, foi uma façanha sem tamanho, mas que ficou marcada para toda a imprensa como uma conquista do coletivo e da vontade dos atletas brasileiros de voltar a elite do basquete mundial.
Contudo, o excelente técnico argentino Rubén Magnano não foi tão ovacionado por ajudar a seleção a conseguir esse feito. E ele já tinha provado sua capacidade quando dirigiu a seleção argentina de basquetebol masculino quando esta obteve o vice-campeonato mundial em Indianápolis 2002 e convertendo a Argentina na primeira seleção a derrotar o “Dream Team” norte-americano. Nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, comandou a Argentina na conquista da medalha de ouro.
Outra grande conquista brasileira no esporte foi a medalha de ouro de Fabiana Murer no salto com varas, no mundial da Coréia do Sul, porém foi a própria atleta que creditou ao seu treinador o resultado, quando disse: “Ele foi fundamental, me ensinou a saltar novamente, além de ter ajudado a desenvolver a modalidade no país”.
Vitaly Petrov foi contratado como consultor técnico pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) no ano passado, quando passou a trabalhar ao lado de Elson Miranda, técnico da CBAt para o salto com vara, treinador pessoal e marido de Fabiana Murer. Petrov já havia trabalhado com o ex-atleta campeão Sergey Bubka e com a recordista mundial Yelena Isinbayeva.
Estes dois casos isolados mostram a importância de técnicos e treinadores no resultado de atletas e equipe esportivas. Creditar a eles o sucesso é muito importante para definirmos a importância que a continuidade tem no treinamento e no resultado, podendo assim creditar ou culpar técnicos por desempenhos de suas equipes e atletas.
O esporte precisa necessariamente de uma ligação entre todos os envolvidos no planejamento, seja o atleta, o técnico e os profissionais envolvidos de todas as áreas. O sucesso é a conseqüência do melhor planejamento possível.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
sábado, 1 de outubro de 2011
Sedentarismo, o inimigo da coluna vertebral
Após um longo dia de serviço ou de estudos, o aparecimento de algumas dores na região da coluna é um tanto quanto natural para a maioria das pessoas. Contudo, essa dorzinha chata, quando permanece por mais tempo do que deveria, acaba gerando uma certa preocupação. Essas dores podem decorrer de uma postura ruim ou de uma fraqueza muscular generalizada, em ambos os casos a decorrência vem do sedentarismo, ou seja, a falta de atividade física regular.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das pessoas já sentiram, sentem ou irão sentir dores na coluna. É um número que preocupa, e muito. Os principais fatores para o aparecimento de dores na coluna são a má postura, a obesidade, os traumas, as alterações das curvaturas da coluna, o envelhecimento, o crescimento acelerado, os distúrbios hereditários (osteoporose, por exemplo) e o sedentarismo.
A coluna vertebral é composta por quatro regiões, são elas: a região cervical, a região torácica, a região lombar e a região sacrococcígea. Estas regiões contêm normalmente 33 vértebras e a alteração desse conjunto promove as alterações posturais.
Segundo a Sociedade Brasileira e Ortopedia e Traumatologia (SBOT), devemos cuidar dos músculos e fortalecê-los desde muito cedo, garantindo o processo de envelhecimento mais saudável. Adaptar a coluna ao local de trabalho ou estudos é uma das técnicas utilizadas para melhorar as condições e prejudicá-la menos, porém só mesmo os exercícios físicos darão a ela a força e resistência necessárias para suportar o stress do dia-a-dia.
A correção postural na infância auxilia a manutenção de uma postura melhor na vida adulta, evitando possíveis problemas, dentre os quais podemos destacar:
HIPERCIFOSE: é um desvio na coluna, mais facilmente percebido quando a pessoa está de lado, pois as costas ficam arqueadas, o tórax retraído e os ombros projetados para frente;
HIPERLORDOSE: desvio da coluna característico na região da bacia, causando uma curvatura exagerada no local;
HÉRNIA DE DISCO: a parte mais central do disco, que se localiza entre as vértebras, sai da estrutura da coluna,
causando dores muito fortes e até mesmo paralisação dos movimentos;
ARTROSE: conhecida como bico de papagaio, é causada pelo atrito entre as vértebras. Depois de algum tempo, surge uma espécie de calcificação, que pode comprimir alguns vasos sanguíneos ou nervos;
ESCOLIOSE: a coluna se desvia para um dos lados, passando a apresentar uma deformidade. Surge por causa da má postura, ao se usar por tempo prolongado um só lado do corpo.
Não há idade para essas dores aparecerem. O que mais preocupa é quando as pessoas se adaptam a alguns movimentos para evitar as dores e acabam não tratando esse problema como se deveria. Os exercícios podem promover tanto a melhora em um quadro de dores, quanto o fortalecimento necessário para evitar ao máximo que as dores apareçam novamente.
Exercícios físicos corretos também ajudam no fortalecimento da coluna, que sofre demais com a rotina pesada de uma pessoa. Alguns exercícios podem diminuir e até acabar com aquelas dores na coluna. Sempre indicados por um profissional de educação física, essas atividades devem ser individuais e ter como meta o fortalecimento e o alongamento da coluna.
Alguns fatores que auxiliam a diminuição ou a inibição das dores na coluna são:
• Manter ou aumentar a flexibilidade dos músculos das costas, e de todo do corpo;
• Melhorar a postura;
• Emagrecer se estiver acima do peso ideal;
• No trabalho, tenha cuidado para não forçar as costas e nem ficar numa má postura;
• Dormir com um travesseiro adequado;
• Não carregue muito peso, como mochilas e pastas pesadas;
• Evite o stress;
Fica a dica: Siga as regras acima e evite aumento das dores e de possíveis problemas na coluna. Saia do sedentarismo e cuide da sua saúde. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara)
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% das pessoas já sentiram, sentem ou irão sentir dores na coluna. É um número que preocupa, e muito. Os principais fatores para o aparecimento de dores na coluna são a má postura, a obesidade, os traumas, as alterações das curvaturas da coluna, o envelhecimento, o crescimento acelerado, os distúrbios hereditários (osteoporose, por exemplo) e o sedentarismo.
A coluna vertebral é composta por quatro regiões, são elas: a região cervical, a região torácica, a região lombar e a região sacrococcígea. Estas regiões contêm normalmente 33 vértebras e a alteração desse conjunto promove as alterações posturais.
Segundo a Sociedade Brasileira e Ortopedia e Traumatologia (SBOT), devemos cuidar dos músculos e fortalecê-los desde muito cedo, garantindo o processo de envelhecimento mais saudável. Adaptar a coluna ao local de trabalho ou estudos é uma das técnicas utilizadas para melhorar as condições e prejudicá-la menos, porém só mesmo os exercícios físicos darão a ela a força e resistência necessárias para suportar o stress do dia-a-dia.
A correção postural na infância auxilia a manutenção de uma postura melhor na vida adulta, evitando possíveis problemas, dentre os quais podemos destacar:
HIPERCIFOSE: é um desvio na coluna, mais facilmente percebido quando a pessoa está de lado, pois as costas ficam arqueadas, o tórax retraído e os ombros projetados para frente;
HIPERLORDOSE: desvio da coluna característico na região da bacia, causando uma curvatura exagerada no local;
HÉRNIA DE DISCO: a parte mais central do disco, que se localiza entre as vértebras, sai da estrutura da coluna,
causando dores muito fortes e até mesmo paralisação dos movimentos;
ARTROSE: conhecida como bico de papagaio, é causada pelo atrito entre as vértebras. Depois de algum tempo, surge uma espécie de calcificação, que pode comprimir alguns vasos sanguíneos ou nervos;
ESCOLIOSE: a coluna se desvia para um dos lados, passando a apresentar uma deformidade. Surge por causa da má postura, ao se usar por tempo prolongado um só lado do corpo.
Não há idade para essas dores aparecerem. O que mais preocupa é quando as pessoas se adaptam a alguns movimentos para evitar as dores e acabam não tratando esse problema como se deveria. Os exercícios podem promover tanto a melhora em um quadro de dores, quanto o fortalecimento necessário para evitar ao máximo que as dores apareçam novamente.
Exercícios físicos corretos também ajudam no fortalecimento da coluna, que sofre demais com a rotina pesada de uma pessoa. Alguns exercícios podem diminuir e até acabar com aquelas dores na coluna. Sempre indicados por um profissional de educação física, essas atividades devem ser individuais e ter como meta o fortalecimento e o alongamento da coluna.
Alguns fatores que auxiliam a diminuição ou a inibição das dores na coluna são:
• Manter ou aumentar a flexibilidade dos músculos das costas, e de todo do corpo;
• Melhorar a postura;
• Emagrecer se estiver acima do peso ideal;
• No trabalho, tenha cuidado para não forçar as costas e nem ficar numa má postura;
• Dormir com um travesseiro adequado;
• Não carregue muito peso, como mochilas e pastas pesadas;
• Evite o stress;
Fica a dica: Siga as regras acima e evite aumento das dores e de possíveis problemas na coluna. Saia do sedentarismo e cuide da sua saúde. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara)
pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde.
É professor na academia Saúde Activa.
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