Um dos problemas relacionados à saúde que mais atinge os brasileiros hoje em dia é o chamado AVC ou AVE, mais conhecido como derrame cerebral, que é decorrente de um entupimento ou rompimento de um vaso sanguíneo cerebral.
Para entendermos as causas de um AVC, devemos primeiramente separar quatro fatores importantes, sendo eles:
• Trombo é um coagulo de sangue, que se localiza dentro dos vários vasos sanguíneos, aderido às paredes do mesmo, causando um entupimento. O entupimento pode ser total ou parcial e chamamos isso de trombose.
• Embolo é quando um trombo se solta e viaja pela corrente sanguínea até encontrar um vaso sanguíneo com o calibre menor que o embolo. Quando o vaso é obstruído por um embolo, temos então uma embolia.
• Isquemia é a falta de suprimento de sangue em algum tecido orgânico. Toda vez que a circulação não é suficiente para o funcionamento das células, ocorre a isquemia, que é um processo reversível se tratado a tempo.
• Infarto é a morte da célula por uma isquemia prolongada. Ocorre em geral em razão da obstrução da artéria por um trombo ou por um embolo.
Existem dois tipos de AVC. São eles:
AVC isquêmico é o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
• Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
• Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
• Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.
AVC hemorrágico é o acidente vascular cerebral menos comum, presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento intraparênquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:
• O sangramento intraparênquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-Burchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da substância branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.
• A hemorragia subaracnóide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais (defeito ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo.
Os maiores fatores de risco do AVC são:
• Tabagismo
• Hipertensão arterial
• Tendência genética
• Obesidade
• Diabetes
• Colesterol
• Consumo excessivo
• Bebidas alcoólicas
• Doenças cardíacas.
O exercício físico pode ajudar, e muito, na prevenção do AVC. À partir do momento em que um indivíduo adere às praticas diárias de atividades físicas, ele está combatendo os principais fatores que levam ao AVC.
O exercício aumenta exponencialmente o gasto calórico, auxiliando muito o processo de emagrecimento e ajudando a evitar a obesidade. O exercício também aumenta a irrigação sanguínea e, para isso, ocorre uma maior vasodilatação nos vasos sanguíneos e artérias, controlando com mais eficiência a hipertensão arterial e o aumento da circulação. A utilização dos substratos como fontes energéticas diminui também a concentração de colesterol e trigleceres na corrente sanguínea.
Sendo assim, o exercício promove uma melhor qualidade de vida. Para quem já sofreu um AVC, os exercícios realizados com um fisioterapeuta e mais à frente com um professor de educação física, auxiliam a recuperação da força, flexibilidade, condicionamento físico e de alguns movimentos que podem ser comprometidos após o AVC.
Fica a dica: o exercício físico promove uma segurança maior tanto no combate ao AVC como também na recuperação, por isso siga como uma vida mais plena e saudável. Cuide de sua saúde sempre. Saúde em primeiro lugar.
Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.
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