sábado, 3 de março de 2012

Atividades físicas e as disfunções da tireóide: Hipotireoidismo e hipertireoidismo

Para os praticantes de atividades físicas, as alterações hormonais talvez sejam os maiores inimigos de uma prática regular. As alterações hormonais afetam não só o rendimento, mas também as disposições, o humor, a dedicação, em outras palavras, atrapalha todo o processo do programa elaborado. Por isso, é preciso conhecer os sintomas e desse modo preparar as aulas para que auxiliem ao máximo a adaptação.

A tireóide é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo e é localizada no pescoço. Ela produz hormônios, principalmente o Tiroxina (T4) e também o Tri-iodotironina (T3), que têm a função de regular o metabolismo e a taxa funcional de muitos outros sistemas do corpo. Dois tipos de disfunções são relacionadas à alta produção hormonal ou à baixa produção. Conheça elas e seus respectivos sintomas.

O hipertireoidismo é a hiperfunção da glândula da tireóide, ou seja, um excesso na liberação hormonal realizada pela tireóide, e seus sintomas são:

• Aceleração dos batimentos cardíacos acima de 100 por minuto (chamada taquicardia);
• Nervosismo, ansiedade e irritação;
• Mãos trêmulas e sudoréticas;
• Intolerância a temperaturas quentes e probabilidade de aumento da sudorese;
• Queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo;
• Fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;
• Intestino solto;
• Perda de peso importante;
• Alterações no período menstrual;
• Protusão dos olhos, com ou sem visão dupla (em pacientes com a Doença de Graves);
• Acelerada perda de cálcio dos ossos com aumento do risco de osteoporose e fraturas.

O Hipotireoidismo é a deficiência na produção dos hormônios pela tireóide e seus sintomas são:

• Depressão;
• Desaceleração dos batimentos cardíacos;
• Intestino preso;
• Menstruação irregular;
• Diminuição da memória;
• Cansaço excessivo;
• Dores musculares;
• Sonolência excessiva;
• Ganho de peso;
• Aumento do colesterol no sangue.

Após conhecer todos esses aspectos das disfunções da tireóide, devemos prestar muita atenção nos sintomas e realizar exames médicos periodicamente para diagnosticar o mais rápido possível as alterações na tireóide.

Ainda são poucos os estudos sobre exercícios físicos e alterações na glândula da tireóide, porém as maiorias dos autores concordam que o exercício físico promove alterações nos níveis de T3 e T4, muito provavelmente devido à necessidade de energia nas células. Mas acreditam que novos estudos podem ser realizados para aprimorar os resultados e definir melhor a relação de exercícios e os hormônios t3 e t4.

As atividades físicas são sempre uma forma de manutenção da saúde do corpo. Se as alterações nas funções tireoidianas não acontecem durante o exercício, este pode promover adaptações que combatam os sintomas do Hipotireoidismo e do Hipertireoidismo. Um programa de exercícios bem elaborado pode promover adaptações que facilitem o tratamento. Siga os exemplos de melhoras que o exercício promove:

• Mantém o gasto calórico mais alto evitando ganhos excessivos de peso;
• Auxilia a manutenção e melhora no condicionamento físico;
• Atividades físicas promovem bem estar físico e mental, a liberação de endorfina durante o exercício melhora quadros de depressão, já que a endorfina está diretamente ligada à sensação de prazer e relaxamento.
• Ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue normalizado.
• Manutenção ou ganho na massa magra e na força.
• Ajuda a manter os níveis de massa óssea combatendo a osteopenia e a osteoporose futura.

Fica a dica: Exercícios físicos não combatem diretamente as disfunções da tireóide, porém auxilia a manutenção de um corpo saudável e combate os sintomas. Portanto, mantenha uma programação ativa diária e procure seu médico para manter a saúde em dia. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior
Formado em Educação Fisica na Universidade de Araraquara-Uniara
Pós graduado na Universidade Gama Filho em Atividade física adaptada e saúde
Professor na academia Saúde Activa



Um comentário: